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Agarrar a oportunidade

Passaram 45 anos desde a última vitória do Inter na Taça dos Clubes Campeões Europeus, pelo que a equipa de José Mourinho está pronta para não deixar escapar a oportunidade na final de Madrid.

Diego Milito e Samuel Eto'o são duas das armas do Inter
Diego Milito e Samuel Eto'o são duas das armas do Inter ©Getty Images

A última vez que o FC Internazionale Milano venceu a Taça dos Clubes Campeões Europeus, em 1965, foi também um ano especial para a música, pois os Beatles actuaram no famoso concerto no Estádio Shea e formaram-se bandas como os Doors e os Pink Floyd.

Agora que os "nerazzurri" esperam acabar com a longa espera de 45 anos para voltar a conquistar o mais ambicionado dos troféus do futebol europeu de clubes, a única música que querem ouvir é o hino da UEFA Champions League antes da final de sábado diante do FC Bayern München.

Apesar da recente hegemonia interna, a falta de expressão europeia ao mais alto nível é algo que ensombra o pensamento dos adeptos do Inter, em especial pela inevitável comparação com o sucesso do rival AC Milan. E José Mourinho poderá ser o homem a colocar um ponto final na espera. "Para o Inter será algo de diferente do que é para o Bayern, para o Barcelona, para o Manchester United, para o Real Madrid", disse o treinador ao UEFA.com. "Vencer a Champions League nos tempos actuais com o Inter seria algo de fantástico."

O sentimento é partilhado pelo capitão de equipa, Javier Zanetti, que vai fazer o jogo 700 pelos italianos ante o Bayern, em Madrid. "Depois de uma espera tão longa, penso que todos temos sonhado com esta final", explicou o argentino de 36 anos. "Conseguimos chegar tão longe depois de afastarmos equipas tão fortes e de tanto sofrimento, mas penso que merecemos."

O "playmaker" Wesley Sneijder também acredita que a enorme vontade do Inter poderá empurrar a equipa até à vitória. "Não era sequer nascido quando ganharam a última", disse o internacional holandês de 25 anos. "Um grande clube como o Inter quer muito vencer a Champions League e isso é bom.  Não sei se a vamos ganhar este ano, mas estamos cada vez melhor e estou certo que a ganharemos no futuro. No entanto, agora que estamos tão perto, temos de a ganhar."

Enquanto alguns jogadores sentem o peso do passado do Inter, outros, como o médio Esteban Cambiasso, estão apenas concentrados no presente. "É verdade que isto tudo representa muito para o clube e para os adeptos, mas não devemos carregar o peso de mais de 45 anos de história nas nossas costas", disse o internacional argentino. "Chegar a uma final 38 anos depois significa muito para o clube e para os adeptos, em especial para os mais novos, que vão ver o Inter disputar uma final pela primeira vez. É bom saber que a equipa vai dar tudo para erguer o troféu."

O ponta-de-lança camaronês Samuel Eto'o, que marcou nas duas finais que venceu ao serviço do Barcelona, em 2006 e em 2009, sabe bem que muita pressão pode acabar da pior maneira. "Isto tem de ser um sonho, não uma obsessão", afirmou. "Sei que há milhares de adeptos do Inter a sonhar com este momento. Tem de continuar a ser um sonho. Se se tornar numa obsessão, vamos desperdiçar esta oportunidade."

O Inter sagrou-se campeão da Europa em 1964 e em 1965, sob o comando do treinador Helenio Herrera, mas não disputa uma final desde 1972, quando perdeu frente ao AFC Ajax. Dois antigos vencedores acreditam que será desta. O antigo avançado do Milan, Pierino Prati, autor de um "hat-trick" pelos "rossoneri" quando os italianos bateram o Ajax em 1969, no Bernabéu, reconhece que o Inter perdeu muito no passado comparado com o Milan, porque não nunca foi tecnicamente tão dotado. Desta vez, contudo, as coisas mudaram. "Penso que são a melhor equipa do momento", afirmou. "As outras equipas estão preocupadas com o facto de o Inter ter jogadores no ataque que fazem a diferença."

Sandro Mazzola, que bisou na vitória do Inter por 3-1 em 1964, ante o Real Madrid CF , também acredita que chegou a vez do Inter, nem que seja pelas próprias convicções. "Quando se fala em 45 anos, a mim, não me parece muito tempo, talvez porque como vivi aqueles momentos parece mais perto. Mas o número 45 é composto por um quatro e por um cinco e como o número nove é um número de sorte, pelo menos para mim, acho que poderá ser um bom ano." Tudo isto é música para os ouvidos de Mourinho.

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