Percurso até à final: Inter
segunda-feira, 10 de maio de 2010
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O Inter empatou os três primeiros jogos na presente edição da prova, mas depois mostrou a sua força ao deixar pelo caminho o Chelsea e o Barcelona rumo à sua primeira final desde 1972.
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À semelhança do seu adversário na final, o FC Internazionale Milano teve algumas dificuldades em exibir-se ao melhor nível no arranque da UEFA Champions League, pois empatou os três primeiros jogos na presente edição da prova. Mas, ultrapassada a fase de grupos, a algum custo, o conjunto comandado pelo português José Mourinho mostrou a sua força, ao deixar pelo caminho equipas como o Chelsea FC e o FC Barcelona, detentor do título, na caminhada rumo a Madrid. O UEFA.com recorda o percurso do Inter até à final.
Grupo F
Inter e Barcelona trocaram de pontas-de-lança no Verão, com Zlatan Ibrahimović a rumar de Milão para a Catalunha e Samuel Eto'o a fazer o percurso inverso. Ironia do destino, o sorteio da fase de grupos ditou o reencontro de ambos com os respectivos antigos colegas logo na primeira jornada, em Itália. O jogo terminou com um empate sem golos. Na jornada seguinte, o Inter empatou 1-1 no terreno do FC Rubin Kazan, partida em que Dejan Stanković apontou o golo da igualdade dos milaneses e, na terceira jornada, os pupilos de Mourinho tiveram, por duas vezes, de reagir a desvantagens no marcador para conseguir uma igualdade a dois golos na recepção ao FC Dynamo Kyiv. A emocionante vitória por 2-1 na Ucrânia (com golos de Diego Milito e Wesley Sneijder nos derradeiros quatro minutos do encontro) conferiu ímpeto à equipa para as duas derradeiras rondas, mas uma derrota por 2-0 em Barcelona, no jogo seguinte, deixou a qualificação em risco. Mas o Inter acabou por confirmar o apuramento graças a uma vitória por 2-0 sobre o Rubin, em San Siro, na última jornada, mercê de de Eto'o e de Mario Balotelli, um em cada parte.
Oitavos-de-final
FC Internazionale Milano 2-1, 1-0 Chelsea FC (Total: 3-1)
Depois de três eliminações consecutivas nos oitavos-de-final, desta feita o sorteio colocou no caminho do Inter a antiga equipa de Mourinho, e a turma “nerazzurri” acabou por vencer os dois encontros. Em Milão, Milito e Esteban Cambiasso marcaram no início de cada uma das partes, enquanto pelo meio Salomon Kalou fez o tento do Chelsea. Depois, em Londres, a formação italiana produziu a primeira de várias excelentes exibições defensivas que viria a realizar ao longo da prova, conservando, com segurança, a vantagem mínima na eliminatória em Stamford Bridge, até Eto'o, lançado em profundidade por Sneijder, apontar o golo que confirmou, em definitivo, a passagem do Inter à ronda seguinte a 12 minutos do apito final.
Quartos-de-final
FC Internazionale Milano 1-0, 1-0 PFC CSKA Moskva (Total: 2-0)
Frente a uma equipa que, pela primeira vez, chegava aos quartos-de-final da UEFA Champions League, um golo de Milito em Milão, aos 65 minutos, permitiu ao Inter partir em vantagem para o jogo da Rússia. Na capital russa, a eliminatória ficou praticamente resolvida logo aos seis minutos, quando Sneijder marcou de livre directo. O Inter seguiu, assim, para as meias-finais, feito que não alcançava desde 2003.
Meias-finais
FC Internazionale Milano 3-1, 0-1 FC Barcelona (Total: 3-2)
Pela terceira vez, os pupilos de Mourinho aproveitaram da melhor forma o factor casa na partida da primeira mão. Apesar de ainda ter estado a perder, fruto de um golo de Pedro Rodríguez, à passagem do minuto 19, o Inter reagiu e Goran Pandev assistiu Sneijder para o golo do empate, 11 minutos mais tarde. Os italianos pressionaram no arranque do segundo tempo e foram recompensados três minutos após o reatamento, quando o lateral-direito Maicon colocou a sua equipa na frente do marcador. Milito selou o resultado final no minuto 61, ao encostar a bola, de cabeça, para o fundo das redes, aproveitando da melhor forma um mau cabeceamento de Sneijder. O Inter partiu, assim, confiante para a visita a Camp Nou, mas aquela que seria sempre uma tarefa muito difícil ficou ainda mais complicada com a expulsão de Thiago Motta aos 28 minutos do jogo da segunda mão. Ainda assim, com uma exibição pautada por um extraordinário rigor táctico, a formação transalpina conseguiu manter a sua baliza inviolável até ao minuto 84, altura em que Gérard Pique inaugurou, por fim, o marcador. Mas era demasiado tarde para impedir o Inter de atingir a primeira final desde 1972.