Sevilha vence sem dificuldades

O Sevilla FC venceu sem grandes dificuldades um Rangers FC que terminou da pior forma uma participação para esquecer na UEFA Champions League. Uma grande penalidade cobrada com êxito por Frédéric Kanouté ainda na primeira parte bastou para dar o triunfo à formação espanhola, que avança para os oitavos-de-final na condição de vencedora do Grupo G.

Adeptos entusiastas
A formação da casa dominou praticamente todo o encontro, disputado perante os entusiastas adeptos da casa e os leais adeptos forasteiros, que seguem a formação escocesa para todo o lado. E não fosse uma maravilhosa defesa de Allan McGregor a negar o golo a Didier Zokora a dez minutos do final, a diferença no marcador teria sido, merecidamente, mais dilatada.

Sevilha mais forte
Embora os visitantes tenham começado por demonstrar alguma vontade de dar uma alegria aos cerca de 2.500 ruidosos adeptos que se deslocaram até à Andaluzia para apoiar a equipa, o Sevilha, líder do grupo, depressa fez valer o seu estatuto. Kanouté, recuperado de uma lesão no cotovelo e de regresso à equipa no lugar do melhor marcador da equipa, Luis Fabiano, mostrou fome de golos logo nos primeiros dez minutos. Recebeu um passe longo, controlou a bola de forma notável e rematou fora do alcance de McGregor, mas viu Saša Papac cortar a bola mesmo em cima da linha de golo.

Whittaker derruba Navarro
Foi uma demonstração das intenções do ponta-de-lança internacional do Mali, de 29 anos, peça fulcral no futebol da equipa comandada por Manuel Jiménez. Sempre com Kanouté em evidência, a formação espanhola continuou a dar muitas dores de cabeça à defesa visitante e, na sequência de um bonito lance de contra-ataque do conjunto espanhol, conduzido por Fernando Navarro, conquistou uma grande penalidade, a castigar falta de Steven Whittaker ao lateral-esquerdo.

Penalty cobrado com classe
Kanouté, com os adeptos da casa a gritarem o seu nome, aprontou-se para bater o penalty, que converteu com classe, enviando a bola para o lado contrário de McGregor. Apesar do muito apoio dos seus adeptos, e da vontade demonstrada pela equipa comandada por Walter Smith, com muitas movimentações e enorme pressão, era a equipa da casa quem controlava a posse de bola, ainda que sem conseguir chegar ao segundo golo. No entanto, esteve perto de o alcançar durante a homenagem a Antonio Puerta, que ocorre em todos os jogos entre o minuto 16 e o minuto 17, quando Renato chutou forte para defesa apertada de McGregor.

Sevilha mais forte
Embora o Rangers ainda não tivesse perdido fora de casa na UEFA Champions League esta temporada, o dado estatística que mais saltava à vista era o facto de a formação de Glasgow não vencer no estrangeiro desde o triunfo por 3-0 no terreno do Olympique Lyonnais, na fase de grupos da edição de 2007/08 da competição. E, em nove encontros em solo espanhol, o Rangers não havia conseguido melhor do que dois empates e sete derrotas. Foi, pois, sem surpresa que o Sevilha continuou a mandar no jogo na segunda parte, embora sem criar grande perigo, excepção feita a esporádicos remates de Aldo Duscher e Álvaro Negredo, que saltaram do banco no decorrer do segundo tempo.

Forcing final
Sem nada a perder, o Rangers lançou-se, por fim, para o ataque e Nacho Novo, cujo pai actuou no Real Betis Balompié, grande rival do Sevilha, teve nos pés a melhor oportunidade dos visitantes durante todo o encontro, mas não conseguiu mais do que rematar às redes laterais da baliza à guarda de Andrés Palop.