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Amizade posta de parte

Não vai haver espaço para sentimentalismos quando Fernando Morientes e o Marselha tentarem derrotar o Real Madrid, apesar do reencontro com o velho amigo Raúl reavivar muitas memórias.

Fernando Morientes escuta Raúl durante uma conferência de imprensa em 2005
Fernando Morientes escuta Raúl durante uma conferência de imprensa em 2005 ©Getty Images

Não vai haver espaço para sentimentalismos quando Fernando Morientes e o Olympique de Marseille partirem em busca da vitória sobre o Real Madrid CF, apesar do reencontro do avançado espanhol com o velho amigo Raúl González dar origem ao despertar de muitas memórias.

Amizade de longa data
Morientes percorreu um caminho bem diferente do seguido pelo capitão do Real Madrid. Deixou os "merengues" em 2003, para alinhar pelo AS Monaco FC, tendo-se mudado depois, em 2005, para o Liverpool FC. A saída de Espanha assinalou o fim de uma era de sucesso para o jogador de 33 anos, vencedor de três UEFA Champions League e dois títulos de campeão espanhol ao lado de Raúl na frente de ataque do conjunto madrileno, numa pareceria que começou nas selecções jovens de Espanha. "Conheço-o há quase 15 anos, desde o Campeonato do Mundo de Sub-20 [de 1995]", lembrou Morientes. "Penso que tinha 18 ou 19 anos na altura. Éramos jovens e divertimo-nos imenso nessa altura".

Expectativas elevadas
A Espanha acabou por terminar no quarto lugar desse Mundial, disputado no Qatar (atrás de Portugal), mas para Morientes o que mais o faz sorrir é recordar a sua inocência na época. "Penso que esse foi um dos momentos mais bonitos na nossa carreira, ao serviço das selecções jovens e ainda sem a pressão do futebol de clubes", referiu. "Vive-se a vida e o futebol de forma totalmente diferente; fazíamo-lo porque éramos adolescentes, no início das respectivas carreiras, com enorme vontade de chegar longe. Essas memórias dos tempos que passámos juntos, dos jogos e dos treinos, são espectaculares".

Ícone de Madrid
Morientes voltou a jogar ao lado do melhor marcador da história do Real Madrid em 1997, quando trocou o Real Zaragoza pelo gigante da capital espanhola e a relação dos dois cresceu dentro e fora do relvado. "Quem tem a felicidade de conhecer o Raúl sabe que ele é uma pessoa capaz de apreciar verdadeiramente a vida", salientou. "É uma pessoa simples e um óptimo amigo. Desde os primeiros tempos que se podia ver que ele tinha excelente personalidade e a capacidade de vir a ocupar um lugar importante na história do Real Madrid. Hoje, quando nos defrontamos, dizemos sempre 'olá' antes do jogo e depois procuramos passar algum tempo juntos, mais descontraídos".

Momentos especiais
Tal vai ter de esperar até à conclusão do encontro no Stade Vélodrome, no qual o Marselha necessita de bater o Real Madrid, enquanto um empate ou mesmo uma derrota por menos de dois golos chegará para os pupilos de Manuel Pellegrini seguirem em frente. Não é uma situação nova para Morientes, autor de tentos pelo Mónaco nas duas mãos dos quartos-de-final da edição de 2003/04 da UEFA Champions League frente aos "merengues", numa altura em que se encontrava emprestado pela formação madrilena. "Jogar contra o Real é sempre especial, ainda para mais quando tal acontece numa grande competição", concluiu Morientes.