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A oportunidade perdida do United

A comunicação social europeia está de acordo em relação ao facto de o Arsenal se poder dar por satisfeito por ainda estar na discussão do apuramento para a final, após a derrota (1-0) ante o Manchester United.

A imprensa europeia considera que o Arsenal pode dar-se por satisfeito por ainda estar na discussão da eliminatória
A imprensa europeia considera que o Arsenal pode dar-se por satisfeito por ainda estar na discussão da eliminatória ©Getty Images

Depois de ter visto o Manchester United FC ficar mais perto da final da UEFA Champions League, após a vitória desta quarta-feira por 1-0 sobre o Arsenal FC, a comunicação social um pouco por toda a Europa concorda que os "red devils" mereceram por inteiro a vantagem na eliminatória. De facto, todos são unânimes em considerar que a equipa de Arsène Wenger pode dar-se por satisfeita de ainda ter a hipótese de discutir a eliminatória, tendo o guardião Manuel Almunia merecido um elogio especial antes do jogo decisivo da próxima terça-feira. O uefa.com passa em revista algumas das opiniões que se fazem ouvir um pouco por todo o continente.

Alex Ferguson sem noites de descanso após não ter conseguido fazer a cama
The Times, Inglaterra
Sentado na Europa Suite, em Old Trafford, na tarde de terça-feira, rodeado por lembranças da longa história do seu clube na competição, Alex Ferguson expressou a sua confiança na obtenção de um resultado "fantástico" depois do primeiro acto das meias-finais da Champions League. No entanto, no final da noite passada, a satisfação do treinador a respeito de uma exibição dominante do Manchester United estava marcada por um pequeno lamento, o de que a sua equipa deixou escapar uma oportunidade de ouro para acabar com as esperanças do Arsenal em chegar à final.

O'Shea decide, mas Almunia mantém os "gunners" na eliminatória
Irish Examiner, República da Irlanda
Tanto Kieran Gibbs como Mikaël Silvestre passaram com distinção os derradeiros testes físicos a que foram submetidos antes do jogo, mas nenhum deles estava por perto quando [Michael] Carrick, de forma inteligente, recebeu uma bola longa, na marcação de um canto, e a colocou na área, onde [John] O'Shea, sem marcação, disparou forte para o fundo das redes contrárias. O jogador natural de Waterford já tinha mostrado ser uma ameaça no flanco direito, onde o jovem Gibbs, ainda a habituar-se à alta competição, estava mais preocupado com a presença de Cristiano Ronaldo.

Almunia mantém vivas as esperanças dos "gunners"
Marca, Espanha
Almunia manteve vivas as esperanças do Arsenal na primeira mão, em Old Trafford. Somente O'Shea foi capaz de bater o gigante espanhol que defendeu a baliza dos "gunners". Com os seus companheiros de equipa atormentados e assolados pela vaga de fúria dos "red devils", o jogador natural de Navarra e as suas luvas tiveram trabalho extra. O guardião já tinha feito 'demasiado' quando O'Shea decidiu disparar um tiro fulminante contra a equipa de Arsène Wenger. Daqui a menos de uma semana, no Emirates, vai ser conhecido o primeiro finalista de Roma e o Arsenal, liderado por Cesc Fàbregas, deve agradecer a Almunia o facto de a eliminatória ainda estar em aberto.

Inabalável Wenger mantém a fé no destino do Arsenal na Champions League
Guardian, Inglaterra
Para toda a sabedoria de Wenger em ensinar jovens a jogar ao estilo de London Colney, o encontro da segunda mão, na terça-feira, vai responder de forma brutal a uma questão simples: será que todos estes jogadores do Arsenal são suficientemente dotados para conseguirem conquistar o primeiro troféu europeu do clube e de Wenger? Durante grande parte desta época, os espectadores assíduos do Emirates têm duvidado disso. Com Andrei Arshavin, impedido de alinhar na prova, e Robin van Persie, lesionado, teriam ficado muito mais perto da concretização do sonho. No entanto, uma das grandes capacidades incutidas por Wenger é o aumento da resistência psicológica da sua jovem equipa perante as adversidades.

ManU com fraca recompensa depois de exibição dominadora
Le Soir, Bélgica
Todos os adeptos de Anderlecht e Standard, já para não falar dos respectivos directores dos dois clubes em discussão, aguardavam o desfecho da primeira mão da meia-final com impaciência. Porquê? Porque um triunfo do Arsenal na Champions League priva o campeão belga da presença automática na fase de grupos da próxima temporada. Depois dos 90 minutos em Old Trafford, esse cenário não está completamente afastado. Depois da magra mas merecida vitória, o Manchester United deu um pequeno passo rumo ao apuramento para a final ao não consentir o golo fora com que o treinador do Arsenal, Arsène Wenger, estaria a contar.

Manchester, sinfonia inacabada
L'Equipe, França
Descontando talvez a ténue tentativa de pressionar o adversário depois do intervalo, o Arsenal foi submetido a pressão intensa. Desde o início, o Manchester United chegava primeiro a todos os lances, movimentava-se mais rapidamente e tinha muito mais dinamismo, velocidade e acutilância nos duelos individuais. Seja como causa ou consequência, o desempenho do Arsenal destacou-se por uma marcação negligente, quase simbólica, e uma incerteza pouco comum quando de posse da bola. O guarda-redes Almunia foi, de longe, o melhor elemento dos londrinos.

O'Shea decide primeira mão a favor do United
Corriere della Sera, Itália 
Este resultado de 1-0 não significa muito no futuro próximo. O Arsenal está a pensar na eliminatória a longo prazo, nos 180 minutos. O United sabia disso e teve que assumir as despesas do jogo, porque na primeira parte Almunia conseguiu conjurar todo o perigo, aparte o lance do golo.

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