Drogba vale vantagem mínima

O Chelsea FC colocou-se em vantagem sobre a Juventus nestes oitavos-de-final da UEFA Champions League. Com uma exibição convincente na primeira parte e Didier Drogba, autor do golo da partida, em grande destaque, os ingleses justificaram a curta margem, que terão de salvaguardar na visita a Turim.

Muita emoção
Este foi um encontro de emoções fortes. Para além de permitir o regresso de Claudio Ranieri e Tiago (titular) a Stamford Bridge - o treinador e o médio português da Juventus já representaram o emblema inglês -, a própria partida foi extremamente viva, com especial destaque para primeira parte. Este foi, aliás, um dos factores que mais dificultou a vida à formação italiana. O Chelsea, com José Bosingwa a titular (Hilário e Paulo Ferreira não saíram do banco de suplentes) imprimiu um ritmo muito vivo ao jogo e a Juventus sentiu alguns problemas para o acompanhar, em especial no meio-campo. Mohamed Sissoko foi dos poucos a conseguir remar contra a maré azul dos londrinos, ele que já actuou em Inglaterra, no Liverpool FC. Não espantou por isso que os comandados de Guus Hiddink criassem perigo desde muito cedo.

Drogba decisivo
Aos nove minutos, Didier Drogba acorreu a um centro da direita de Salomon Kalou e cabeceou ao primeiro poste, com a bola a sair rente à baliza de Gianluigi Buffon. Um prenúncio para o que seria o 1-0. Aos 12 minutos, Kalou, em zona frontal, efectuou um excelente passe e Drogba, isolado, não sentiu dificuldades para bater o guardião italiano. O avançado costa-marfinense esteve perto do 2-0 aos 16 minutos, mas cabeceou ao lado. A Juventus reagiu apenas aos 22 minutos, com Tiago no lance. O português efectuou um passe mortífero para Alessandro Del Piero e este, com um remate cruzado, obrigou Petr Čech a magnífica intervenção.

Juventus com dificuldades
A Juve tentava sacudir a pressão com investidas de Pavel Nedvěd e Del Piero, com Tiago a tentar coordenar as acções da equipa de Turim, mas apenas através de remates de longe, e sem muito perigo para Čech. Do lado contrário, a defensiva italiana sentiu dificuldades perante a velocidade de Kalou e a agressividade ofensiva de Drogba, sempre muito activo na frente. E foi nesta toada que chegou o descanso, algo que tirou algum ritmo ao desafio. Aos poucos a Juventus conseguiu abrandar a velocidade do jogo, o que retirou algumas das principais armas ao Chelsea.

Controlo
Já sem Tiago em campo (saiu aos 63 minutos para dar lugar a Claudio Marchisio), os transalpinos conseguiram controlar as operações até final, limitando o perigo inglês a umas poucas investidas sem consequência. Aliás, a Juventus foi mesmo a formação mais perigosa até final, mas não conseguiu anular a vantagem dos anfitriões.