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Estreia perfeita para Juande Ramos

Real Madrid CF 3-0 FC Zenit St. Petersburg
Raúl González deu um toque de classe no primeiro jogo do novo treinador, estando em destaque na vitória incontestável sobre o Zenit.

Raúl González festeja o golo inaugural
Raúl González festeja o golo inaugural ©Getty Images

Raúl González foi o autor de uma exibição de alto nível, marcando dois golos e fazendo a assistência para Arjen Robben no terceiro, no início de reinado vitorioso de Juande Ramos no Real Madrid CF, em casa, frente ao FC Zenit St. Petersburg.

Bons golos
O novo treinador do Real tinha pedido concentração e empenho antes do derradeiro encontro dos "merengues" no Grupo H da UEFA Champions League, e foi precisamente isso que teve como resposta, com os seus novos comandados a dominarem desde o início. Raúl aproveitou um erro de Vyacheslav Malafeev para inaugurar o marcador, aos 25 minutos, e daí em diante foram os anfitriões a assumir todas as despesas do jogo. O irrequieto Robben aumentou a vantagem cinco minutos depois do intervalo, com um remate habilidoso, e pouco depois foi a vez de Raúl selar a vitória de forma semelhante. Foi a deixa para abrandar o ritmo, com Ramos a proceder a alterações na equipa, e apesar de o Zenit ter acertado duas vezes nos ferros da baliza espanhola, já na parte final, foi muito pouco e já tarde.

Começo forte
Com a garantia de que o Zenit iria terminar no terceiro lugar, a única coisa que faltava saber na sexta jornada era qual das duas equipas já qualificadas ficaria no primeiro posto, com o Real a precisar de vencer e esperar que a Juventus fosse derrotada em casa pelo FC BATE Borisov, para ser o vencedor do Grupo H. Com esse propósito em mente, os anfitriões começaram ao ataque, e quase marcaram no primeiro minuto, quando um mau alívio de Aleksandr Anyukov deixou a bola nos pés de Gonzalo Higuaín, mas o avançado não conseguiu rematar nas melhores condições. Já não teve esse problema momentos depois, quando irrompeu pelo meio e rematou forte, com Malafeev a corresponder da melhor forma, desviando a bola por cima da barra.

Velho conhecido
A imprensa local tinha saudado o começo da "era Juande", nas 36 horas seguintes à escolha de Ramos, mas ainda assim, foi um jogador da "velha guarda" que inaugurou o marcador. O cruzamento longo de Rafael van der Vaart não parecia ameaçador, mas Malafeev largou a bola e esta ficou à mercê de Raúl, que teve uma finalização fácil. O titular da baliza russa rapidamente tratou de corrigir esse erro, impedindo um remate de Robben que levava selo de golo, e repetindo o feito, minutos antes do intervalo, mesmo que tenha necessitado de duas tentativas para segurar a bola, perante a ameaça dos jogadores adversários.

Vantagem alargada
O ritmo de jogo não baixou após o recomeço e foi Robben a apresentar-se como a maior fonte de perigo. O extremo holandês permitiu a defesa de Malafeev depois de surgir desmarcado, na sequência de um passe milimétrico de Guti, e no canto que resultou dessa jogada, apenas a intervenção de Ivica Križanac, em cima da linha-de-golo, impediu que Raúl desviasse para dentro da baliza o cabeceamento de Fabio Cannavaro (sem a companhia de Pepe, seu companheiro de sector, lesionado). Finalmente a equipa visitante cedeu à pressão, quando o incansável Robben recebeu um passe de Raúl e, de forma primorosa, fez a bola passar por cima de Malafeev, fazendo o 2-0. Sete minutos depois, os papéis inverteram-se e foi a vez de o extremo retribuir a gentileza, com o seu passe a encontrar Raúl isolado na área. O capitão do Real não teve problemas em desfeitear o desamparado guardião do Zenit, picando-lhe a bola por cima.

Esforço inglório
Já com o pensamento no desafio de sábado frente ao FC Barcelona, Ramos substituiu o seu capitão e a equipa abrandou a pressão implacável exercida até ao momento. Isso permitiu ao Zenit uma liberdade de movimentos que até aí não tinha tido, e Viktor Fayzulin e o português Danny viram os seus remates embaterem na barra, já na parte final do jogo. No entanto, esta era a noite do Real.