Bayern reage a tempo

FC Bayern München e Olympique Lyonnais mantiveram a invencibilidade no Grupo F da UEFA Champions League após os campeões alemães terem recuperado de uma desvantagem para conseguir um ponto frente aos homólogos franceses.

Jogo de cortar a respiração
Num jogo de cortar a respiração, que fluiu tão livremente como a cerveja na Oktoberfest, os visitantes adiantaram-se no marcador a meio da primeira parte, quando o médio-defensivo do Bayern, Martin Demichelis, desviou inadvertidamente um livre de longa distância de Juninho Pernambucano para as próprias redes. O Bayern respondeu aos 52 minutos, com Zé Roberto a cabecear para o fundo das redes, o que permitiu aos bávaros somarem um ponto, que os mantém na liderança do grupo, antes dos dois duelos com a ACF Fiorentina.

Defesa por instinto
O Lyon mostrou as suas intenções quanto à obtenção de um resultado positivo na Baviera e teve um início de jogo tão brilhante como a sua camisola verde fluorescente. Em dúvida devido a lesão antes do início do jogo, Juninho mostrou precisamente o porquê de Claude Puel ter apostado em esperar antes de decidir pela sua inclusão de início na partida, uma vez que o brasileiro serviu de inspiração aos visitantes. A capacidade do brasileiro na transformação de lances de bola parada é mundialmente conhecida, mas o Bayern também não conseguiu interpretar bem um livre aos 11 minutos, ao qual Fred correspondeu com um cabeceamento que obrigou Michael Rensing a defesa por instinto.

As intenções de Ribéry
O Bayern também teve a sua fonte inspiradora de volta em Franck Ribéry e, pese embora ter apenas jogado 70 minutos na presente temporada, os propósitos do francês foram evidentes. Um livre cobrado para a área proporcionou uma oportunidade madrugadora a Luca Toni, mas o cabeceamento do italiano foi deficiente e a bola saiu muito por cima. Entretanto, o entendimento entre Ribéry e Philipp Lahm no lado esquerdo levava a que o guarda-redes Hugo Lloris estivesse permanentemente em sentido. O Bayern, ao invés, não conseguiu aproveitar nos instantes iniciais e pagou por isso quando estavam decorridos 25 minutos. Outro livre deu a Juninho a possibilidade de rematar para a baliza e, no coração da área, Demichelis tentou a intercepção mas a bola desviou na sua cabeça e entrou junto ao canto inferior, deixando Rensing sem reacção. Toni quase empatou de imediato, com Lloris a desviar o seu remate rasteiro para canto, antes do ponta-de-lança do Bayern ter-se antecipado a Anthony Reveillère para responder ao cruzamento de Massimo Oddo e cabecear ligeiramente ao lado.

Vigor renovado
O Bayern regressou do intervalo com outro vigor e, não fosse nova excelente defesa de Lloris, Toni teria empatado, após novo passe bem medido de Ribéry. Os adeptos da casa, cada vez mais impacientes, não tiveram, no entanto, de esperar muito mais tempo para verem recompensados os esforços da sua equipa. Miroslav Klose escapou-se pelo lado direito e cruzou para a área, onde surgiu Zé Roberto liberto de marcação a cabecear fora do alcance de Lloris, antes de ele e os seus companheiros abraçarem o técnico Jürgen Klinsmann. Os problemas defensivos são a principal razão pela qual Klinsmann tem estado debaixo de fogo e a ausência do defesa brasileiro Breno, de 18 anos, que se estreou no sábado na Bundesliga, num lance em que Karim Benzema esteve a centímetros de devolver a liderança do marcador ao Lyon, foi bem demonstrativa dessa insegurança.

Emoção até final
Nos instantes finais, Lucio esteve perto de proporcionar a segunda vitória consecutiva ao Bayern, tivesse o brasileiro conseguido desviar um livre de Bastian Schweinsteiger. Na outra ponta do terreno, Benzema podia ter dado ao Lyon a primeira vitória quando se isolou, já nos instantes finais, e colocou a bola fora do alcance de Rensing, mas Breno, desta vez, estava no lugar certo e resolveu o lance e assegurou a divisão dos pontos.