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Roma ciente do perigo

Luciano Spalletti, treinador da Roma, descreveu o Manchester United como "a melhor equipa do Mundo", mas espera que os elogios fiquem por aqui.

Sir Alex Ferguson e Carlos Queirós orientam um treino do Manchester United
Sir Alex Ferguson e Carlos Queirós orientam um treino do Manchester United ©Getty Images

Luciano Spalletti, treinador da AS Roma, descreveu o Manchester United FC como "a melhor equipa do Mundo", na véspera da primeira mão dos quartos-de-final da UEFA Champions League, mas espera que os elogios fiquem por aqui.

Elogios naturais
Ninguém ligado ao clube italiano precisa que lhe lembrem do que aconteceu aos "giallorossi" há 12 meses, quando à vitória por 2-1 na primeira mão se seguiu uma goleada por 7-1 sofrida em Manchester. Como o United também levou a melhor sobre os romanos na fase de grupos desta época, ganhando por 1-0 em casa e empatando a uma bola fora, os elogios de Spalletti são naturais.

"Qualidade em todo o lado"
"No papel, o Manchester United é a melhor equipa do Mundo. Tem qualidade em todo o lado, não só no ataque, mas também na defesa. Eles são bons a escolher os jogadores e podem contratar os melhores devido ao seu poder financeiro, mas também são bons a tirar o melhor de todos os atletas". Apontando o contra-ataque como uma das principais armas dos líderes da Premier League, Spalletti acrescentou que o United "pode ser mais perigoso fora do que em casa", mas também disse que as suas tropas podem dar mais luta desta vez.

Ausência de Totti
"Não somos meros espectadores. Queremos mostrar que merecemos estar aqui", afirmou. O treinador italiano brincou com a garrafa de vinho toscano que ofereceu a Sir Alex Ferguson na época passada, dizendo que vai parar de dar prendas "dentro e fora do campo", e certamente que a eliminação do Real Madrid CF nos oitavos-de-final permite-lhe concluir que a equipa romana "está mais madura". Sir Alex concordou, tendo afirmado que a Roma é "uma equipa mais forte este ano", mas a grande questão do momento é saber como é que os italianos vai lidar com ausência por lesão do capitão Francesco Totti, que se magoou numa coxa durante o jogo contra o Cagliari Calcio, no sábado passado.

Fé em Vučinić 
"Vamos sentir a falta dos seus golos e das coisas extraordinárias que ele consegue fazer em campo, mas estou certo de que a equipa está preparada para assumir mais responsabilidades, como já fez no passado quando jogou sem o seu capitão", disse Spalletti, que também não poderá contar com o defesa Juan, devido a lesão, nem com o médio Simone Perrotta, que está castigado. "Mirko Vučinić já nos ajudou a ganhar vários jogos quando foi chamado a jogar", acrescentou o treinador, referindo-se ao avançado montenegrino, o substituto de Totti, que marcou o golo da vitória da Roma sobre o United, a 4 de Abril do ano passado, na primeira mão dos quartos-de-final.

Ronaldo em grande
Em contraste com Totti, Cristiano Ronaldo, o talismã do United, não podia estar em melhor forma, tendo marcado o 35º golo de uma época notável no sábado passado, na vitória por 4-0 sobre o Aston Villa FC. "Estamos encantados com a sua incrível evolução e capacidade concretizadora. É uma grande vantagem para nós", salientou Sir Alex Ferguson, referindo-se ao internacional português, que não tinha marcado na UEFA Champions League antes dos quartos-de-final da temporada passada, mas que na presente época lidera a lista de marcadores, em igualdade com Messi, com seis golos.

"Forma importante"
Mas não é apenas Ronaldo que está em alta, pois o United ganhou sete dos últimos oito jogos. "A forma é importante e penso que estamos em muito boa forma", afirmou o técnico escocês, admitindo dúvidas relativamente ao estado físico de Michael Carrick. Na oitava vez que leva o United aos quartos-de-final da UEFA Champions League, Sir Alex acrescentou: "A única vantagem que temos é termos vindo aqui duas vezes no ano passado. Na primeira vez, os primeiros 20 minutos foram muito difíceis e demorámos algum tempo a adaptar-nos à forma como eles nos estavam a pressionar". O escocês espera que à terceira seja de vez para o United no Estádio Olímpico, mas o registo de apenas duas vitórias nas 14 visitas anteriores a Itália sugere que a tradição não está toda contra a Roma.