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Regresso emocional a Sevilha

O treinador espanhol do AEK de Atenas, Lorenzo Serra Ferrer, vai voltar à cidade que o tornou conhecido no futebol.

Antigo treinador do Real Betis Balompié, Lorenzo Serra Ferrer prepara-se agora para regressar a uma cidade que lhe diz muito, depois de ter visto o AEK Athens FC, onde joga o central português Geraldo e o guarda-redes Marcelo Moretto, este cedido pelo Benfica, sorteado para defrontar o Sevilla FC na terceira pré-eliminatória da UEFA Champions League.

"Adversário complicado"
"Vai ser um embate bastante emocional para mim", admitiu o veterano treinador espanhol. "Vou regressar a uma cidade que adoro mesmo muito". Ao todo, Serra Ferrer passou seis temporadas na capital da Andaluzia ao comando do eterno rival do Sevilha, o Bétis, antes de se mudar para Atenas no Verão de 2006. No entanto, a alegria de regressar a casa é algo ensombrada pela dimensão da tarefa que terá pela frente. "O Sevilha é um adversário muito complicado e possui uma excelente equipa", afirmou o treinador de 54 anos. "Venceu as duas últimas edições da Taça UEFA e esteve na luta pelo título espanhol até ao fim".

Sevilha prudente
Serra Ferrer sabe o que é necessário para ter sucesso em Espanha. Depois de ter começado a carreira ao mais alto nível orientando durante dez anos o RCD Mallorca, da sua terra natal, foi ao serviço do Bétis que ganhou fama. Em duas passagens pelo Manuel Ruíz de Lopera conquistou uma Taça de Espanha e levou o clube à UEFA Champions League pela primeira vez na sua história, feitos não esquecidos em Sevilha. "Não correu nada bem", afirmou o director do clube, Víctor Orta, referindo-se ao sorteio. "Temos três factores adversos. Primeiro Serra Ferrer é o treinador deles e isso motivará a sua equipa. Segundo, têm o Rivaldo, um jogador que, apesar da idade, ainda é uma estrela. E, por fim, a segunda mão será jogada em Atenas".

Muitas mudanças
Essa segunda mão terá lugar a 28 de Agosto, mas primeiro as atenções estarão viradas para o jogo no Estadio Ramón Sánchez-Pizjuán, 15 dias antes, e o Sevilha pode não ficar muito satisfeito se conseguir apenas repetir o triunfo por 3-2 alcançado sobre os gregos na fase de grupos de 2004/05. O AEK mudou muito deste então e, do "onze" que iniciou esse encontro, apenas Nikolaos Lyberopoulos se mantém na equipa - jogadores como Rivaldo, Rodolfo Arruabarrena e Traianos Dellas chegaram entretanto ao clube. Este último não espera facilidades: "Era uma das equipas que esperávamos evitar. Se quisermos chegar a algum lado, teremos de nos superar", afirmou.

Enorme entusiasmo
A ideia é reforçada por Serra Ferrer. O técnico acrescenta que apesar do orçamento do Sevilha ser "pelo menos dez vezes superior ao nosso, temos as nossas hipóteses e esperamos aproveitá-las ao máximo". Serão palavras ameaçadoras para uma equipa que não contava voltar a ter de enfrentar o veterano treinador, mas que, numa altura em que se prepara para a sua primeira campanha na mais importante competição de clubes da UEFA em meio século, o presidente do clube, José María del Nido, garante estar pronta para enfrentar qualquer adversário: "O sorteio não foi particularmente favorável, mas não importa. Fosse quem fosse o adversário, entraríamos em campo com o entusiasmo de uma criança que experimenta uns sapatos novos. Estamos de volta à principal competição europeia ao cabo de 50 anos".

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