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Eto'o inspirado pelo Liverpool

O avançado camaronês confessou que a espectacular recuperação do Liverpool em 2005 serviu de inspiração ao Barcelona para vencer o Arsenal na final deste ano.

Eleito o Melhor Jogador na final da UEFA Champions League, Samuel Eto'o confessou que a recuperação do Liverpool FC, no jogo decisivo de 2005, serviu de inspiração ao FC Barcelona para anular a vantagem do Arsenal FC no Stade de France.

Larsson decisivo
Poucos minutos após o início da final, o Arsenal viu-se privado do guarda-redes Jens Lehmann, expulso após derrubar o avançado camaronês, mas isso não impediu a equipa inglesa de ganhar vantagem a oito minutos de intervalo. Na sequência de um livre de Thierry Henry, Sol Campbell subiu mais alto que os defesas contrários e colocou a bola no fundo da baliza dos espanhóis. Apesar de não ter jogado ao nível habitual frente a um adversário que esteve 994 minutos sem sofrer qualquer golo na competição, o Barça conseguiu finalmente furar as redes do Arsenal, a 14 minutos do final, quando um toque inteligente de Henrik Larsson permitiu a desmarcação de Eto'o, que não desperdiçou a hipótese de fazer o empate frente ao desamparado Manuel Almunia, substituto de Lehmann.

Nunca desistir
O golo inspirou os catalães e marcou o arranque para o segundo triunfo do Barcelona na prova. A nove minutos do final, Larsson voltou a ser decisivo ao efectuar um passe bem medido dentro da área para Juliano Belletti que, já de ângulo apertado, fez o tento da reviravolta. "Nunca considerámos que o jogo estava perdido", explicou Eto'o, eleito Melhor Jogador em campo pelos observadores técnicos da UEFA. "Assistimos à recuperação do Liverpool no ano passado, quando conseguiram anular uma desvantagem de três golos, e sabíamos que o jogo não estava perdido e que podíamos ganhar. Numa final pode-se sentir alguma incerteza mas, ao intervalo, recordámos o espírito do Liverpool e decidimos que não podíamos baixar os braços. Tínhamos de continuar a lutar pela vitória".

Espírito de grupo
O treinador de Eto'o, Frank Rijkaard, tornou-se no quinto homem a conseguir vencer a Taça dos Clubes Campeões Europeus como jogador e treinador, juntando-se ao grupo de ilustres onde figuram também Miguel Muñoz, Giovanni Trapattoni, Johan Cruyff e Carlo Ancelotti. O técnico holandês é um defensor do colectivo, uma filosofia que o dianteiro também partilha. "Foi a noite do Barcelona, não a minha, do Belletti ou do Ronaldinho, uma grande noite de toda a equipa e não de um jogador em particular", explicou. "Temos uma grande equipa e qualquer um pode marcar se receber um bom passe de um companheiro, como aconteceu comigo e com o Belletti. O Arsenal tentou impor o seu jogo e conseguiu marcar, apesar de estar com apenas dez elementos, mas nós nunca desistimos. Felizmente conseguimos marcar, voltar à discussão do resultado e vencer o jogo".

Difícil de explicar
Pessoa profundamente religiosa e orgulhosa da família, o avançado, de 25 anos, manteve sempre o filho ao seu lado durante a conferência de imprensa e revelou que teve dificuldades em encontrar palavras para explicar o significado deste triunfo. "É incrível, não há palavras que cheguem para explicar o que sinto. Dentro de alguns anos poderei dizer ao meu filho: 'Vencemos a final da UEFA Champions League no Stade de France e fui eu que marquei o golo do empate'. Penso que só será possível dar a real importância a esta vitória depois de abandonarmos o futebol". Mas, antes disso, os adeptos do Barça esperam que Eto'o e os companheiros possam viver outras noites de glória.

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