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O fim de uma era

A demissão de Florentino Pérez colocou um ponto final num reinado de seis anos, durante o qual o Real Madrid passou do Céu ao Inferno.

A decisão de Florentino Pérez em demitir-se da presidência do Real Madrid CF foi alvo de reacções por parte de jogadores, treinadores e jornalistas.

Derrotas decisivas
Pérez anunciou a sua decisão na segunda-feira, quase seis anos depois de ter ganho as eleições para o clube, em Junho de 2000. A derrota de domingo para a Liga espanhola, por 2-1, no reduto do RCD Mallorca, que se juntou ao desaire por 1-0, em casa, frente ao Arsenal FC, para a UEFA Champions League, foram fundamentais na decisão do presidente do clube mais rico do Mundo.

"Caminho errado"
"Esta decisão foi tomada depois da derrota em Maiorca", disse Pérez, na conferência de imprensa onde tornou pública a sua demissão. "Algo precisa de mudar e a minha decisão vai ser boa para o clube, porque estávamos a ir no caminho errado".

Respeito pelos adeptos
"A minha decisão foi tomada pelo respeito e lealdade que tenho para com os adeptos e sei que errei quando mimei demasiado os jogadores", acrescentou. "Construímos uma equipa com grandes jogadores, mas alguns deles não perceberam o seu papel. A minha saída serve para alertar todos que o mais importante é o Real Madrid".

Perplexidade
O treinador do Real, Juan Ramón López Caro, ficou perplexo com a notícia: "Não estava à espera desta decisão. Estamos preocupados, não só pela derrota sofrida em Maiorca, mas também pela situação que criámos. Deixámos ficar mal o clube, os adeptos e a camisola. Acho que alguns jogadores não estiveram à altura".

"Presente envenenado"
A imprensa espanhola também ficou surpresa com o facto de Pérez ter colocado o poder nas mãos do seu braço direito, Fernando Martín Alvarez, de 58 anos. "Um final triste", titulava o AS. "Florentino demite-se", escreveu a Marca. Já um jornal de Barcelona, o Sport, avisava no seu título: "Um presente envenenado".

Ronaldo lamenta
O avançado brasileiro Ronaldo afirmou: "Estou triste com a sua saída. Ele é o único que me tem defendido, pelo que estou triste pelo sucedido. Foi um grande presidente que saiu". Roberto Carlos, por seu lado, revelou alguma indiferença: "Não me interessa. Não é problema meu".

Segue-se Martín
A decisão de Pérez significa que Martín vai estar 18 meses à frente dos destinos do clube, até às próximas eleições, marcadas para o Verão de 2007. "Desejo-lhe toda a sorte do Mundo", disse Pérez. "Ele vai conseguir. Tenho sido a cara deste projecto, mas penso que há pessoas que podem fazer melhor que eu".

Figo, o primeiro galáctico
Pérez marcou o Santiago Bernabéu desde a sua chegada, que começou com a contratação de Luís Figo ao FC Barcelona, naquele que foi o início de um forte investimento em alguns dos melhores jogadores do Mmundo. O Real Madrid ganhou a Primera División logo no seu primeiro ano como presidente.

Glória europeia
Na época seguinte (2001/02), chegou Zinédine Zidane e o clube festejou o seu centenário com uma vitória, por 2-1, sobre o Bayer 04 Leverkusen na final da UEFA Champions League, a nona da sua história. A seguir vem Ronaldo e os "merengues" conquistam a segunda Liga com Peréz no comando.

Tempos sombrios
Esse seria o seu último grande título. Em 2003/04, o novo galáctico foi, nada mais nada menos, do que David Beckham, mas a demissão de Vicente del Bosque deu início a um período conturbado. Carlos Queiroz, José Antonio Camacho, Mariano García Remón e Vanderlei Luxemburgo foram os treinadores que se seguiram até ao actual López Caro.

"Grande homem"
Beckham, na despedida, aproveitou para agradecer a Florentino. "Primeiro que tudo, quero agradecer a Florentino por me ter dado a oportunidade de poder jogar por um clube desta dimensão. Ele é um grande homem, muito inteligente. O que ele fez pelo clube é incrível e tem de ser lembrado por isso".

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