Erro de Peña salva o Rangers

Juan Manuel Peña, do Villarreal CF, ofereceu de bandeja um empate (2-2) ao Rangers FC, ao apontar um autogolo na primeira mão dos oitavos-de-final da UEFA Champions League.

Erro ao cair do pano
A equipa da Primera División, que se estreia nesta prova, parecia bem encaminhada para uma excelente vitória fora de casa, depois de golos na primeira parte de Juan Román Riquelme e Diego Forlán, contra apenas um do adversário, da autoria de Peter Løvenkrands. Contudo, o erro de Peña a sete minutos do apito final dá ao Rangers a esperança de poder garantir a passagem na segunda mão, a disputar na próxima semana em Espanha.

As alterações de McLeish
Alex McLeish operou duas alterações à equipa que tinha derrotado o Hibernian FC no último fim-de-semana, apresentando Hamed Namouchi no flanco esquerdo no lugar de Thomas Buffel, e Peter Løvenkrands de regresso ao sector ofensivo, às custas de Kris Boyd.

Regresso feliz
Como já era esperado, Juan Román Riquelme fez o seu regresso à equipa visitante após uma ausência de dois meses, sendo que o criativo argentino teve um impacto imediato no jogo, após uma falha de Dado Pršo na sua grande área.

Grande penalidade
O canto marcado na direita por Riquelme, aos sete minutos, não parecia oferecer grande perigo, mas o avançado croata – que tentava ajudar a sua defesa – jogou inexplicavelmente a bola com a mão, com Alessio Tacchinardi por perto. O árbitro Eric Poulat apontou de imediato para a marca de grande penalidade, que Riquelme não teve problemas em concretizar.

Fora-de-jogo
Foi o pior início possível para os da casa, que estiveram mesmo perto de sofrer o segundo tento oito minutos mais tarde. Riquelme esteve novamente na origem do lance, ao cobrar um livre do lado direito que José María Romero desviou para a baliza, proporcionando uma boa defesa a Ronald Waterreus. Na confusão que se seguiu, Gonzalo Rodríguez introduziu a bola na baliza, mas o golo foi anulado por fora-de-jogo.

Løvenkrands empata
Um pouco contra a corrente do jogo, o Rangers chegaria ao empate aos 22 minutos, por intermédio de Løvenkrands, que marcou o seu terceiro golo europeu esta época. Chris Burke, já sem opções, chocou com Gonzalo à entrada da grande área, e o avançado dinamarquês foi o primeiro a chegar ao ressalto, rematando de pé esquerdo sem hipóteses para Sebastián Viera.

Forlán repõe a vantagem
Dez minutos antes do intervalo, o Villarreal recolocou-se em vantagem no marcador, após nova falha da defesa do Rangers na sequência de uma bola parada de Riquelme. Um livre marcado de longa distância foi afastado para a entrada da área, onde o argentino cabeceou a bola de volta para a zona de perigo, surgindo então Forlán que não perdoou, estreando-se a marcar esta época na competição. A mesma dupla voltou a combinar a quatro minutos do intervalo, mas Waterreus opôs-se bem ao remate de Forlán.

Gerir o resultado
Após o intervalo, os visitantes limitaram-se a tentar gerir o resultado. O Rangers não conseguiu mais do que um remate de longa distância do defesa lateral Alan Hutton e um cabeceamento mal direccionado de Julien Rodriguez, após uma saída extemporânea de Viera num canto marcado por Løvenkrands.

Oportunidades desperdiçadas
O Villarreal poderia ter resolvido o jogo pouco depois dos sessenta minutos, quando Riquelme passou por quatro defesas e isolou Forlán. No entanto, o uruguaio rematou à figura de Waterreus. O Villarreal mandava agora no jogo e momentos mais tarde Riquelme voltou a rasgar a defesa adversária, desmarcando Javi Venta sobre a direita, mas o cruzamento para Forlán no poste mais distante saiu com demasiada força.

Buffel em bom plano
McLeish lançou Buffel e Nacho Novo nos últimos 20 minutos, numa tentativa de chegar ao empate, e o centrocampista belga entrou muito bem, penetrando na grande área adversária pela esquerda e rematando à baliza. Viera parecia ter o lance controlado, mas a bola foi desviada por Peña e só parou no fundo da baliza, permitindo ao Rangers encarar a segunda mão no El Madrigal com outro ânimo, apesar da ausência de Pršo, que cumprirá castigo por ter visto o seu terceiro cartão amarelo na competição.