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Com a casa às costas

O primeiro jogo caseiro do Lille na Liga dos Campeões, disputado em Paris, no Stade de France, veio lembrar a necessidade de um estádio próprio.

O Stade de France, recinto onde a França se sagrou campeã do Mundo em 1998, foi o estádio escolhido para o primeiro jogo caseiro do LOSC Lille Métropole na UEFA Champions League. No entanto, os gauleses (que integram o Grupo D junamente com o Benfica) fizeram questão de lembrar ao Mundo que essa não foi uma escolha sua.

Sem estádio
Há mais de um ano que o Lille não tem um estádio próprio - "uma situação insustentável", segundo o presidente do clube, Michel Seydoux. Depois de terem empatado a zero com o Villarreal CF, no primeiro jogo disputado no Stade de France, os franceses esperam ter alertado a consciência de todos em relação à sua situação.

Clube em viagem
Um TGV cheio, 30 treinadores e uma imensidão de carros fizeram os 200 quilómetros que ligam Lille, cidade no extremo norte do país, aos subúrbios norte de Paris, onde se disputou o jogo de terça-feira, num Stade de France que apenas acolheu 35 mil adeptos, longe dos 80 mil necessários para o lotar por completo.

Preocupação
Enquanto se registava uma atmosfera festiva no estádio, o presidente Seydoux não estava, por seu lado, virado para festividades, mas, isso sim, muito preocupado com a situação do seu clube. O empresário tudo fez para chamar a atenção ao comprar anúncios de página inteira em várias publicações para mostrar como tem sido negada ao Lille a possibilidade de disputar jogos das competições europeias em casa.

Anúncios
"Hoje, o Lille joga frente ao Villarreal para a Liga dos Campeões", dizia um anúncio, que misturava uns sinais de proibição com alusões à situação. "Para hoje, o LOSC não tem estádio adequado para jogar competições europeias. Temos de reagir e construir um estádio. Agora".

Planos iniciais
O dia 15 de Maio de 2004 assinalou o último jogo do Lille no seu estádio, o Stade Grimonprez-Jooris, numa partida em que ganhou, por 2-0, ao SC Bastia. Depois disso, planeou-se fazer uma remodelação do estádio, de forma a aumentar a sua capacidade de 19 para 32 mil lugares, na sequência da cada vez maior projecção do clube.

Surgem os problemas
No entanto, as objecções levantadas por grupos de vizinhos - que receavam que os trabalhos no estádio pudessem danificar o parque urbano que o rodeia, com fortificações do séc. XVII - fizeram que o projecto não avançasse, pelo que o clube foi forçado a disputar a época 2004/05 no Estádio Lille-Métropole.

Estádio-talismã
Estranhamente, o reduto de Villeneuve-d'Ascq tornou-se num estádio-talismã para o clube que ganhou a Taça Intertoto e acabou a Ligue 1 na segunda posição. Mas, para jogar na Liga dos Campeões, o Lille-Métropole não reuniu as condições mínimas necessárias.

Casa emprestada
Assim, foram obrigados a disputar os jogos da Liga dos Campeões no Stade de France - um excelente estádio, mas que não é o local a que se possa chamar casa. Entretanto, Seydoux está a tentar a construção de um novo estádio num novo local, enquanto, por outro lado, as autoridades locais tentam ressuscitar os planos para a remodelação do Grimonprez-Jooris, estando dispostos a ultrapassar os problemas legais.

"Novas soluções"
"Existem muitos obstáculos para o novo estádio", disse Seydoux. "Temos de reflectir sobre novas soluções". Mais alguns jogos da Liga dos Campeões no Stade de France vão ajudar, decerto, as pessoas responsáveis a tomarem decisões.

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