O UEFA.com funciona melhor noutros browsers
Para a melhor experiência possível recomendamos a utilização do Chrome, Firefox ou Microsoft Edge.

O momento de loucura de Ranieri

O treinador do Chelsea "delirou" com a vitória sobre o Arsenal, nos quartos-de-final da Liga dos Campeões.

Por Trevor Haylett, em Londres

O treinador do Chelsea FC, Claudio Ranieri, não escondeu a felicidade que lhe ia na alma, depois de a sua equipa ter garantido a presença nas meias-finais da UEFA Champions League. Wayne Bridge foi o herói dos "blues", ao marcar o golo que derrotou o Arsenal FC em Highbury Park.

"Delírio"
"Fiquei louco", admitiu o técnico do Chelsea, ao lembrar os momentos que se seguiram ao final do encontro. "Estava mais do que feliz, tive 30 segundos de delírio". Aliás, nenhum dos jogadores do Chelsea se inibiu nos festejos pela vitória sobre o Arsenal, equipa que não conseguiam derrotar há já 17 partidas. Mas o momento foi de particular importância para o treinador italiano, que tem visto o seu lugar ser posto em causa ao longo desta época.

"Espírito de equipa"
Ranieri fez questão de elogiar os seus atletas, que conseguiram dar a volta ao marcador, depois de José Antonio Reyes ter marcado para os "gunners". "O espírito de equipa foi muito importante e, de facto, tenho jogadores com um carácter fantástico", afirmou. "Nunca desistiram e espero que esta vitória nos dê muita confiança para o futuro".

Adversários também no campeonato
E será que, com esta vitória, o Chelsea renasce, também, para a disputa da Premiership, na qual está a quatro pontos do líder, Arsenal? "Não quero ser demasiado optimista", começou por dizer Ranieri. "Mas temos que acreditar nas nossas qualidades e continuar a trabalhar muito".

Mónaco no caminho
A segunda equipa londrina a atingir as meias-finais da mais importante prova de clubes da UEFA (depois de o Totenham o ter conseguido em 1962) vai agora defrontar o AS Monaco FC, treinado, curiosamente, pelo antigo médio do Chelsea, Didier Deschamps. Ranieri não escondeu que preferia defrontar o Real Madrid CF, uma equipa que "conhece melhor". "Agora que eliminou o Real, não restam dúvidas que o Mónaco é uma grande equipa com um grande treinador", explicou o técnico italiano.

Confiança
Wayne Bridge, não esperava ser o herói da noite, mas afirmou: "Havia um sentimento muito positivo na equipa e todos acreditávamos que era possível vencer. Mesmo depois de estarmos a perder por 1-0, nunca deixámos de acreditar na vitória".

"A noite da minha carreira"
Já o autor do primeiro golo do Chelsea, Fank Lampard, não escondeu que esta foi "a grande noite" da sua carreira. "Atingir a meia-final já é muito bom, mas agora temos de acreditar que é possível vencê-la".

Ponto da viragem
Arsène Wenger, treinador do Arsenal, não conseguiu esconder o seu desapontamento, principalmente depois de há quatro dias ter visto a sua equipa perder a meia-final da Taça de Inglaterra, frente ao Manchester United FC. Para o francês, o golo do empate do Chelsea foi determinante no desfecho da partida.

"Acusámos o primeiro golo"
"Tínhamos de marcar mais um golo, mas também sabíamos que se o Chelsea marcasse, isso seria fatal para nós", afirmou Wenger. "Não conseguimos lidar com essa pressão e ficámos um pouco indecisos entre marcar ou defender. Jogámos muito bem na primeira parte, mas não conseguimos assegurar a vitória".

Moral na hora da derrota
A derrota foi ainda mais frustrante, uma vez que Wenger acreditava ser possível vencer o Mónaco, caso o Arsenal tivesse garantido a presença nas meias-finais. "O Chelsea tem 80 por cento de hipóteses de atingir a final, mas agora não nos podemos andar a lamentar. Vai ser difícil recuperar o ânimo, mas temos de voltar a mostrar a nossa qualidade".

Lesão de Henry
Além da derrota, o treinador francês não vai agora poder contar com Thierry Henry, que sofreu um estiramento muscular e deve ficar de fora dos dois próximos jogos. Para Patrick Vieira, o importante agora é garantir o título inglês: "Temos de ganhar um troféu. Merecemos ganhar um título".