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Bilić fala de sucesso fenomenal

Para o treinador da Croácia, Slaven Bilić, os quatro pontos conquistados em dois jogos do Grupo C são um "sucesso fenomenal", enquanto Cesare Prandelli lamentou-se do empate em Poznan.

O italiano Mario Balotelli e o croata Vedran Ćorluka no duelo de Poznan
O italiano Mario Balotelli e o croata Vedran Ćorluka no duelo de Poznan ©Getty Images

Cesare Prandelli sentiu-se derrotado, depois de a quebra de energia da sua equipa ter resultado na perda de pontos contra a Croácia. Já o treinador  Slaven Bilić diz que a ressurreição croata no empate do Grupo C do UEFA EURO 2012 foi obra de uma alteração táctica e de uma conversa calma ao intervalo

Cesare Prandelli, treinador de Itália
Não, não estou zangado. Claro que ficámos um pouco aborrecidos porque uma equipa que joga futebol e cria oportunidades tem de saber matar o jogo. O futebol é um desporto único nesse aspecto, uma vez que um único erro pode alterar tudo o que se fez ao longo de uma partida. Assim temos alguma mágoa, mas continuamos bem vivos – continuamos a achar que podemos passar, matematicamente é possível, apesar de hoje termos falhado uma boa oportunidade.

Quando estamos por cima do adversário e temos supremacia territorial, temos de matar o jogo. Se não o fizermos basta um cruzamento bem medido ou uma tabela inadvertida para arruinar todo o teu trabalho. É preciso ter mais determinação e sangue frio à frente da baliza. Podemos analisar o que quisermos, mas a verdade é que jogámos contra um adversário muito forte fisicamente e muito competitivo. Mas fomos superiores no futebol jogado. A lição a tirar é que se não matas o jogo, vais ter mágoas no final.

Não me parece que nos falte carácter – mas, nos últimos dois jogos, houve uma clara quebra a partir dos 60 minutos. No próximo jogo temos de arranjar uma solução para essa gestão da energia. Depois dos nossos piores dez minutos, criámos várias ocasiões, mas a verdade é que nessa fase do jogo precisámos de pernas mais frescas.

Na primeira hora estivemos muito bem organizados – não deixámos grandes espaços em aberto entre os nossos avançados e os nossos defesas -, mas quando o jogo esticou, essa distância aumentou e aí vimo-nos em apuros. Agora temos quatro dias até ao próximo jogo e tudo o que temos para fazer é descansar.

Slaven Bilić, treinador da Croácia
Nada é fácil quando se joga contra uma excelente equipa, mas nós estávamos à espreita da nossa oportunidade. Eles foram melhores que nós na primeira parte – faltou-nos paciência e insistimos demasiadamente nos remates de fora da área. Ao intervalo, disse-lhes que teriam de ter mais agressividade e posse de bola. Também fizemos alterações tácticas: demos mais profundidade ao posicionamento do Mario Mandžukić e deslocámos o Luka Modrić para os extremos. Depois dessas alterações, fomos dominadores.

Não quero fazer declarações sobre o próximo jogo contra a Espanha. Temos imenso tempo para os estudar, mas a verdade é que, depois de dois jogos, estamos numa óptima posição. Temos quatro pontos e estou muito optimista em relação ao próximo jogo e ao torneio. Ter seis pontos era ainda melhor, mas quatro já é muito bom. A Croácia não esperava estes resultados e ainda temos boas hipóteses de passar num grupo tão difícil. É um sucesso fenomenal.

A Itália não está tão forte fisicamente como nós e eles sabiam isso. Os nossos problemas são diferentes. Nós não somos fortes mentalmente como a Alemanha ou a Itália. Precisamos de melhorar esse aspecto e estamos a trabalhar no duro para isso.

Eu trabalho muito com os meus jogadores. Encontro-me muitas vezes com os seus treinadores e visito muitos centros de estágio por esse Mundo fora. Sim, sou novo, mas tento sempre transmitir energias positivas ao meu grupo de trabalho. Assistir ao jogo na linha de fundo não é fácil. Os croatas são em geral pessoas muito emotivas e acho que não tinha ajudado nada se berrasse e gritasse com os meus jogadores ao intervalo – só tínhamos de manter a calma e fazer pequenas correcções. Foi precisamente isso que fizemos.

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