Panico acredita em nova era italiana
terça-feira, 25 de agosto de 2009
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A capitã da selecção transalpina destaca a mudança de mentalidade da equipa desde o EURO 2005™, afirmando: "De certa maneira estamos mais atrevidas, temos mais personalidade".
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Na qualidade de capitã da selecção italiana, jogadora mais experiente da equipa e líder inquestionável em campo, Patrizia Panico, de 34 anos, sabe melhor do que ninguém a influência que o treinador Pietro Ghedin tem tido na equipa, numa altura em que se prepara para o jogo inaugural do Grupo C do UEFA WOMEN'S EURO 2009™, diante da Inglaterra, na terça-feira.
"Atrevidas"
A Itália foi eliminada na fase de grupos em Inglaterra há quatro anos, com zero pontos, um resultado desanimador que levou a Federação Italiana de Futebol a substituir Carolina Morace por Ghedin. Desde então, a sorte das italianas mudou e Panico está confiante de que a boa forma irá continuar na Finlândia. "Ghedin mudou a nossa mentalidade: de certa maneira estamos mais atrevidas, temos mais personalidade", explicou a atacante do ASD Torres Calcio. "Sempre participámos em grandes competições como esta, mas nunca demos aquele passo decisivo para alcançarmos bons resultados. Agora estamos no início de uma nova era em Itália e esperamos que o futebol feminino possa atrair mais adeptos do que nunca".
Experiência
Panico está a representar Itália num Campeonato Europeu Feminino pela quarta vez e, depois de na época passada se ter sagrado melhor marcadora da Serie A pela nona vez na carreira, todos os olhos em Itália estarão sobre ela no estádio Lahti. "Quando podemos dar algo mais do que as nossas companheiras temos de o fazer, mas não chegarei a lado nenhum sem a ajuda delas", afirmou. "Algumas têm experiência, outras são jovens, mas até as novas jogadoras já disputaram grandes torneios ao serviço dos seus clubes ou da selecção de Sub-19, portanto estão aptas a lidar com a pressão das grandes competições".
Vencer
A Itália venceu quatro dos seus cinco encontros oficiais com a Inglaterra, mas Panico não se fia nas estatísticas. "Sinceramente não sei se elas têm pontos fracos", prosseguiu. "Temos estudado a sua forma de jogar, e são fortes nos flancos e nos passes curtos. O seu meio-campo melhorou muito: antigamente tinham um estilo nórdico, de passes longos, mas agora fazem a bola circular muito bem. É difícil apontar-lhes defeitos, mas também temos as nossas qualidades e podemos competir contra qualquer adversário. Queremos pelo menos passar a fase de grupos, mas o grande objectivo é vencer o torneio".