Em memória de Diogo Jota e André Silva

Diogo Jota, de 28 anos, fez 49 jogos pela selecção principal de Portugal, pela qual marcou 14 golos. Integrou as equipas que venceram a UEFA Nations League em 2019 e 2025, e foi também internacional por Portugal nos escalões de Sub-19 e Sub-21. Conquistou o título da Premier League inglesa com o Liverpool na época passada.

O seu irmão André, de 25 anos, era também avançado no FC Penafiel, clube da segunda divisão portuguesa, para o qual se transferiu do Paços de Ferreira em 2023, depois de ter passado pelas camadas jovens do FC Porto.

O Presidente da UEFA, Aleksander Čeferin, afirmou: "Há apenas três semanas, tive a honra de entregar uma medalha a Diogo Jota após a final da UEFA Nations League – um momento de alegria, orgulho e celebração que ficará para sempre gravado na memória com tristeza."

"A sua paixão, energia e espírito em campo inspiravam todos os que o rodeavam. É devastador pensar que uma vida tão cheia de alegria e potencial tenha sido levada demasiado cedo. Descansa em paz, querido Diogo. Não serás esquecido."

Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República Portuguesa, acrescentou: "O Presidente da República lamenta profundamente a morte trágica e prematura do jogador de futebol Diogo Jota e do seu irmão, André Silva."

"Diogo Jota representou ao mais alto nível o futebol português, e demonstrou um elevado profissionalismo e dedicação, inserido numa geração que tem levado o futebol português ao mais alto nível."

"O Presidente da República apresenta as mais sentidas condolências à sua família, amigos e colegas de profissão, por uma perda que a todos os portugueses consternou."

Formado nas escolas de futebol do Gondomar SC, Diogo Jota despertou a atenção de outro clube dos arredores do Porto, o Paços de Ferreira FC, para o qual se transferiu em 2014. Duas boas épocas no Paços, com um total de 47 jogos e 28 golos, levaram a que se transferi-se para o Club Atlético de Madrid dois anos depois, em 2016. Não chegou a jogar no Atleti e foi emprestado ao FC Porto na época 2016/17, durante a qual se afirmou como um avançado rápido, inteligente e capaz de jogar em qualquer posição da frente de ataque, habitualmente mais como extremo. Nos Dragões, fez 38 jogos e marcou nove golos.

O Atleti emprestou-o depois ao Wolverhampton, iniciando uma passagem de sucesso no clube e por Inglaterra. No Wolves, fez 131 jogos em três temporadas e marcou 44 golos, tendo sido campeão do Championship logo na sua primeira campanha em 2017/18. Transferiu-se para o Liverpool em 2020 e ganhou os principais troféus do futebol inglês: Taça da Liga (2021/22, 2023/24), Taça de Inglaterra (2021/22) e, há apenas dois meses, a Premier League. Em cinco épocas no clube de Merseyside, Diogo Jota marcou 65 golos em 182 jogos.

Numa nota publicada no site da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), o presidente Pedro Proença confessou-se “completamente devastado” pela morte de Diogo Jota e do seu irmão André Silva: “A Federação Portuguesa de Futebol e o todo o Futebol português estão completamente devastados com a morte de Diogo Jota e de André Silva, esta madrugada, em Espanha."

"Muito mais do que o fantástico jogador, com quase 50 internacionalizações pela Seleção Nacional A, Diogo Jota era uma extraordinária pessoa, respeitado por todos os colegas e adversários, alguém com uma alegria contagiante e referência na própria comunidade."

"Em meu nome, e em nome da Federação Portuguesa de Futebol, exprimo as mais sentidas condolências à família e aos amigos de Diogo e André Jota, assim como ao Liverpool FC e FC Penafiel, os clubes onde, respetivamente, alinhavam os jogadores. (…) O desaparecimento de Diogo e de André Jota representam perdas irreparáveis para o Futebol Português.”

Numa curta declaração, o Liverpool informou: "O Liverpool Football Club está devastado com o trágico falecimento de Diogo Jota."

O primeiro-ministro de Portugal, Luís Montenegro, acrescentou: "A notícia da morte de Diogo Jota, um atleta que muito honrou o nome de Portugal, e do seu irmão é inesperada e trágica. Deixo aos familiares as mais sentidas condolências. É um dia triste para o futebol e para o desporto nacional e internacional."