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Seis grandes jogos na fase a eliminar do Women's EURO

Fazemos uma retrospectiva de alguns dos jogos mais memoráveis na fase a eliminar que marcaram a história do Women's EURO e do futebol feminino.

A Inglaterra surpreendeu a Suécia nas meias-finais em 2022
A Inglaterra surpreendeu a Suécia nas meias-finais em 2022 UEFA via Getty Images

Após uma fase de grupos em que a história se desenrola lentamente, surge o perigo imediato de uma fase a eliminar.

Recordamos cinco clássicos dos quartos-de-final e das meias-finaisseis do UEFA Women's EURO que ficaram na memória e que marcaram a história da competição.

26/07/2022: Inglaterra 4-0 Suécia (meias-finais, Sheffield)

O drama foi intenso em Inglaterra em 2022, sobretudo com a memorável caminhada das anfitriãs rumo a Wembley, com a presença nas meias-finais, onde defrontou a Suécia em Bramall Lane, a ser garantida após a reviravolta tardia contra a Espanha, com prolongamento à mistura. Uma assistência recorde de 28.624 espectadores esteve presente em Sheffield, mas a questão era: conseguiriam as Leoas corresponder às expectativas?

A Suécia, que já tinha disputado dois jogos em Bramall Lane e era discretamente apontada à conquista do título após terminar em terceiro no Campeonato do Mundo Feminino de 2019 e em segundo nos Jogos Olímpicos de 2021, começou melhor a partida. Mas no final da primeira parte, Beth Mead apontou o seu sexto golo na fase final, após passe de Lucy Bronze, e a Inglaterra não mais abrandou.

Logo no reinício, Bronze finalizou de cabeça o canto de Mead e depois veio o momento que realmente deixou Sheffield em frenesim, quando Fran Kirby assistiu a suplente Alessia Russo, que após ver o seu primeiro remate ser bloqueado improvisou e surpreendeu Hedvig Lindahl com um toque de calcanhar. Depois de assistir, coube a Kirby colocar a cereja no topo do bolo, que ficou ainda mais saboroso dias depois, quando a Inglaterra se sagrou campeã.

30/07/2017: Alemanha 1-2 Dinamarca (quartos-de-final, Roterdão)

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2017 highlights: Germany 1-2 Denmark

Após perder nos penáltis contra a Itália nas meias-finais de 1993 e de ser derrotada por 3-1 pela Dinamarca no jogo de atribuição do terceiro lugar, a Alemanha entrou em baixa. Até à data deste reencontro com as vizinhas do norte, o seu registo em jogos a eliminar no Women's EURO era de 15 vitórias seguidas, tendo apenas uma delas necessitado de prolongamento, e que levou à conquista de seis títulos consecutivos. Depois de vencer o ouro olímpico em 2016, a Alemanha não estava disposta a tropeçar contra uma selecção dinamarquesa que não tinha convencido na fase de grupos.

Os sinais de que algo extraordinário estava a acontecer surgiram no dia do jogo, quando uma chuva torrencial forçou o adiamento para a tarde seguinte. Isabel Kerschowski abriu o marcador para a Alemanha logo aos três minutos, após um erro da guarda.redes Stina Lykke Petersen, mas a Dinamarca acabou por encontrar o caminho das vitórias, com Nadia Nadim a empatar a partida após o intervalo e, mais tarde, a fazer o passe para Theresa Nielsen garantir a vitória que acabou com o reinado de 22 anos da adversária.

A Dinamarca acabou por chegar depois à sua primeira final, enquanto a Alemanha parece ainda não ter recuperado a aura de invencibilidade que se desvaneceu naquele dia em Roterdão.

24/07/2013: Suécia 0-1 Alemanha (meias-finais, Gotemburgo)

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É claro que a supremacia da Alemanha já tinha sido ameaçada antes de 2017. Quatro anos e seis dias antes, as germânicas defrontaram a Suécia no Gamla Ullevi e as anfitriãs estavam em alta depois de terem marcado 13 golos nos quatro jogos disputados até então – mais nove do que a Alemanha. E o público de mais de 16.000 pessoas estava cheio de optimismo: a venda de bilhetes para a final na Friends Arena, alguns dias depois, já tinha ultrapassado as expectativas, em parte devido à esperança de que a Suécia estivesse presente.

Antes, porém, era preciso derrotar a Alemanha, o que acabou por acontecer num dos jogos mais intensos da história da competição. As alemãs venceram graças a um belo remate de Dzsenifer Marozsán aos 33 minutos, mas tiveram de resistir a à ofensiva sueca. Mesmo assim, foi a Alemanha a erguer o troféu em Solna.

03/09/2009: Finlândia 2-3 Inglaterra (quartos-de-final, Turku)

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Em Turku, a Finlândia esperava que a vantagem de jogar em casa a ajudasse a desforrar-se da derrota por 3-2 contra a Inglaterra no arranque da fase final de 2005, quando as anfitriãs venceram graças a um golo marcado no último minuto.

A Finlândia acabou por chegar às meias-finais em 2005 à custa da Inglaterra, mas, em 2009, a selecção de Hope Powell parecia disposta a acabar com uma ausência de 14 anos nessa fase quando Eli Aluko marcou aos 14 minutos. Apesar de a Inglaterra ter perdido a capitã Faye White, devido a uma fractura no osso da face no final da primeira parte, Fara Williams colocou as inglesas em vantagem logo após o intervalo.

No entanto, os adeptos da casa voltaram a acordar aos 66 minutos, quando a suplente Annica Sjölund marcou na sequência de um pontapé de canto. A Inglaterra parecia estar em apuros, mas Aluko fez uma jogada individual que deu terminou no 3-1 e, apesar de Linda Sällström ter reduzido a diferença aos 79 minutos, a Inglaterra encontrou a determinação para resistir.

16/06/2005: Noruega 3-2ap Suécia (meia-finais, Warrington)

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A Noruega conquistou quatro títulos importantes entre 1987 e 2000 – entre os quais dois troféus do Women's EURO –, mas, quando as duas vizinhas se defrontaram no noroeste da Inglaterra, a Suécia era a grande favorita. A selecção norueguesa chegara à final do Women's EUEO 2001 e do Mundial Feminino de 2003, tendo perdido em ambas as ocasiões devido a um golo de ouro da Alemanha. Além disso, o núcleo central da selecção provinha da equipa do Umeå que tinha conquistado a Taça UEFA Feminina em 2002/03 e 2003/04, bem como do Djurgården/Älvsjö, finalista vendido em 2004/05.

A Suécia pressionou desde o início, mas a guarda-redes Bente Nordby manteve-se firme e Solveig Gulbrandsen adiantou a Noruega no marcador à perto do intervalo. Hanna Ljungberg empatou o jogo, mas Isabell Herlovsen voltou a colocar a Noruega em vantagem a meio da segunda parte, dias depois de se ter tornado na mais jovem a marcar um golo na fase de grupos do Women's EURO.

Houve ainda mais reviravoltas, com Ljungberg a marcar novamente perto do fim para forçar o prolongamento. Mas foi a Noruega que se reergueu mais uma vez para ter a palavra final, com Gulbrandsen a fazer o golo do triunfo que levou ao rubro a multidão em Warrington, onde a selecção de Bjarne Berntsen já tinha jogado duas vezes e conquistado o fervoroso apoio local. A Noruega acabou por perder a final em Blackburn contra a Alemanha, mas, quatro anos depois, voltou a surpreender ao derrotar a Suécia por 3-1 nos quartos-de-final.

28/06/1989: República Federal da Alemanha 1-1ap, 4-3pen Itália (meias-finais, Siegen)

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Marion Isbert, a heroína da RFA nas meias-finais de 1989
Marion Isbert, a heroína da RFA nas meias-finais de 1989Bongarts/Getty Images

A narrativa central da história do Women's EURO tem sido a hegemonia alemã e foi aqui que tudo começou. Nos primeiros anos, a fase final era disputada por quatro selecções e organizado por uma das participantes. Em 1989, foi a República Federal da Alemanha (RFA) a receber essa honra, depois de ter chegado pela primeira vez às meias-finais.

Cerca de 8000 adeptos compareceram em Siegen para assistir ao confronto com a Itália nas meias-finais, naquele que seria o primeiro jogo feminino transmitido em directo na televisão da RFA. As jogadoras não estavam familiarizadas com o assunto e, sem querer, ficaram de costas para a câmara durante os hinos.

Silvia Neid marcou para as anfitriãs aos 57 minutos, enquanto Elisabetta Vignotto empatou para a finalista vencida de 1987, num jogo decido no desempate por penáltis.

A audiência da televisão ARD ficou entusiasmada e a final de Osnabrück teve 21.000 pessoas, mais do dobro do recorde anterior. A RFA bateu a Noruega por 4-1 e só não ganhou uma das oito edições seguintes, para além de ter conquistado por duas vezes o Campeonato do Mundo e o ouro olímpico em 2016.

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