Itália de luto por Gianluca Vialli
sexta-feira, 6 de janeiro de 2023
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O futebol italiano está de luto pelo ex-avançado da Sampdoria, Juventus e Chelsea, Gianluca Vialli, que faleceu aos 58 anos, vítima de doença prolongada.
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O ex-internacional italiano Gianluca Vialli faleceu aos 58 anos, vítima de doença prolongada.
Goleador prolífico nos seus 19 anos de carreira como jogador, Vialli disputou 673 jogos na Série A, na Premier League inglesa e nas competições europeias de clubes, tendo apontado um total de 259 golos. Somou ainda 59 internacionalizações pela Itália, tendo marcado 16 golos.
Um dos primeiros a homenagear Vialli foi o presidente da Federação Italiana de Futebol (FIGC), Gabriele Gravina. "Estou profundamente triste. Esperava até o fim que ele pudesse fazer outro milagre, ainda assim conforta-me a certeza de que o que ele fez pelo futebol italiano e pela 'Azzurra' jamais será esquecido", referiu o responsável.
"Gianluca era uma pessoa maravilhosa e deixa um vazio que não pode ser preenchido na selecção e em todos aqueles que apreciaram as suas extraordinárias qualidades humanas". A FIGC anunciou que um minuto de silêncio será respeitado antes de todos os jogos de futebol agendados para o próximo fim-de-semana em Itália.
Vialli havia anunciado recentemente a decisão de deixar temporariamente o cargo de treinador-adjunto na selecção italiana, liderada pelo seu ex-companheiro na Sampdoria e na selecção nacional, Roberto Mancini. Os dois amigos ajudaram a "Squadra Azzurra" a vencer o UEFA EURO 2020 no Verão de 2021.
O Presidente da UEFA, Aleksander Ceferin, referiu: "Um homem que nos deixa quando ainda é jovem é sempre motivo de grande tristeza. Todos os membros da família do futebol sentirão uma dor real e um sentimento de profunda consternação.
"Gianluca foi mais do que um campeão; foi gentil, discreto, respeitoso e acima de tudo corajoso, na vida ainda mais do que no campo, como nos ensinou nos últimos anos através da sua árdua batalha contra a doença.
"Sempre nos lembraremos do seu esplendor nos inúmeros troféus que conquistou, até à imagem final, quando abraçou o amigo Roberto Mancini no meio do campo em Wembley - um momento de alegria e emoção no mais belo e brilhante de todos os triunfos. A sua falta será muito sentida."
O ex-jogador do Milan e actual director técnico e responsável pelo futebol da UEFA, Zvonimir Boban, acrescentou: "Gianluca era um jogador fantástico em campo, mas mais do que isso era uma pessoa maravilhosa, que fazia todos sorrirem à sua volta com a sua personalidade contagiante".
"Estava sempre alegre e com um verdadeiro amor pela vida, que ficou tão evidente no Verão passado quando ajudou a Itália e o seu grande amigo Roberto Mancini a conquistarem o campeonato da Europa. Os meus pensamentos agora estão com a família e amigos de Luca. Todo o mundo do futebol vai sentir muito a sua falta."
Vialli começou a carreira na Cremonese, em 1980, antes de ingressar na Sampdoria em 1984. Durante a sua passagem pelos "Blucerchiati", marcou 85 golos na Serie A, venceu três Taças de Itália, o título nacional italiano e a Taça das Taças em 1989/90. Fez parte da equipa da Sampdoria que foi derrotada pelo Barcelona na final da Taça dos Campeões Europeus de 1992.
Ingressou na Juventus em 1992, tendo conquistado a UEFA Champions League quatro anos depois, quando os "Bianconeri" derrotaram o Ajax no desempate das grandes penalidades na final em Roma. Durante a passagem por Turim, também venceu a Taça de Itália, o "Scudetto" e a Taça UEFA de 1992/93, tornando-se então num dos nove jogadores a vencer as três principais competições europeias de clubes.
Alessandro Del Piero, vencedor da UEFA Champions League ao lado de Vialli na Juve, afirmou: "O nosso capitão. O meu capitão. Para sempre".
Em 1996, Vialli ingressou no Chelsea e tornou-se jogador-treinador do clube inglês em Fevereiro de 1998, continuando a comandar a equipa depois de colocar um ponto final na carreira de jogador em 1999. No conjunto londrino venceu a Taça dos Vencedores das Taças de 1997/98, a Supertaça Europeia de 1998, duas Taças de Inglaterra e a Taça da Liga Inglesa.
"Esta notícia dói", disse o ex-defesa de Itália e do AC Milan, Franco Baresi. "Foi um gigante dentro e fora do campo. Sentiremos muito a sua falta."
Fabio Capello acrescentou: "Lembro-me das muitas vezes em que as equipas que treinei jogaram contra ele. Era importante para a sua equipa, tinha um grande carácter. Era um líder e mostrou isso ao enfrentar a sua doença".