Women’s Champions League lança bases para um futuro risonho
terça-feira, 27 de abril de 2021
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Aleksander Čeferin, Presidente da UEFA: "Um passo gigante para o futebol."
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A UEFA lançou um novo formato da Women’s Champions League, que tem início previsto para este Verão e será o arranque de um futuro mais sustentável para o futebol feminino, graças a um pioneiro modelo de distribuição financeira.
O novo modelo, que será introduzido em 2021/22 e foi aprovado pelo Comité Executivo da UEFA na semana passada, vai permitir à maior competição de clubes feminina do Mundo redistribuir 24 milhões de euros ao futebol feminino em toda a Europa - quatro vezes mais do que os números actuais.
Este aumento significativo é o resultado da reformulação da UEFA da UEFA Women’s Champions League, que inclui a centralização do patrocínio e dos direitos de transmissão desde a fase de grupos. Para além das receitas geradas por esta decisão, o novo modelo de distribuição financeira também vai recorrer ao primeiro subsídio cruzado das competições de clubes masculinos da UEFA para apoiar o futebol feminino e o investimento da UEFA.
O organismo que tutela o futebol europeu também se comprometeu a redistribuir 23 por cento do total de 24 milhões de euros disponíveis através de "pagamentos de solidariedade" a clubes não participantes em cada uma das principais ligas nacionais representadas na competição. Essas verbas devem ser reinvestidas no desenvolvimento do futebol feminino de clubes.
Presidente da UEFA: "Passo em frente gigante para o futebol"
"O anúncio de hoje representa um enorme passo em frente para o futebol. O novo modelo de distribuição financeira da competição irá fortalecer todo o futebol feminino profissional na Europa", disse o Presidente da UEFA, Aleksander Čeferin, na terça-feira.
"É também um exemplo perfeito de como o modelo desportivo europeu é fundamental para o desenvolvimento do futebol a longo prazo", acrescentou Aleksander Čeferin. "O desenvolvimento do futebol feminino não deve ser impulsionado por ganhos de curto prazo, mas sim por uma visão a longo prazo. Graças aos pagamentos de solidariedade, que são o coração deste projecto, e ao aumento das receitas, cada euro gerado pela Women’s Champions League, e ainda mais, irá regressar ao jogo feminino."
Nadine Kessler, Directora de Futebol Feminino da UEFA, afirmou: "Após mais de três anos de diálogo e consultas com as nossas federações, clubes e a Associação Europeia de Clubes, gostaríamos de agradecer a todos os envolvidos as suas contribuições. Cada uma destas mudanças são impulsionadas por uma visão unida e garantem que estamos estamos a ir na mesma direção - para a frente!"
"Estamos entusiasmados por trazer a nova UEFA Women’s Champions League ao Mundo, para levar aos adeptos de futebol as melhores jogadoras e as melhores equipas, na melhor competição de clubes feminina do Mundo."
Aleksander Čeferin acrescentou: "Este subsídio cruzado para a Women’s Champions League, criado para as competições de clubes masculinas, é um sinal claro de que o futebol feminino é uma prioridade estratégica."
Mais receitas e pagamentos solidários
As estimativas iniciais da UEFA sugerem que todos os clubes participantes na próxima edição da Women’s Champions League podem beneficiar do aumento das receitas. Por exemplo, as equipas que disputam a nova fase de grupos receberão uma verba mínima de 400 mil euros - pelo menos cinco vezes mais do que os valores pagos às equipas que alcançam a fase equivalente - os oitavos-de-final - na competição actual. O vencedor pode ganhar até 1,4 milhões de euros em prémios, dependendo dos seus resultados ao longo da competição.
Os pagamentos de solidariedade distribuídos aos clubes não participantes serão calculados de acordo com os clubes de melhor desempenho que representam as respectivas ligas nacionais na Women’s Champions League. Quanto mais um clube avançar na prova, maiores são os pagamentos de solidariedade atribuídos aos clubes que competem na sua liga nacional.
Novos regulamentos protegem e desenvolvem as jogadoras
A UEFA também tomou medidas para adaptar os seus regulamentos competitivos para melhor proteger as jogadoras profissionais, bem como para promover o desenvolvimento do talento europeu.
Os regulamentos irão agora salvaguardar o bem-estar das jogadoras que se tornem mães. Desde o início da próxima temporada, os clubes participantes terão a flexibilidade de alterar as suas listas de jogadoras inscritas a qualquer momento durante a temporada, a fim de as substituir temporariamente, seja porque estão grávidas, ou porque saíram ou voltaram de licença de maternidade.
O desenvolvimento de jovens jogadoras talentosas é agora fundamental para os regulamentos da competição. A introdução de uma Lista B permitirá que os clubes complementem os plantéis com jogadoras jovens de acordo com critérios específicos. Além disso, a partir da temporada 2022/23, a UEFA planeia introduzir a regra "jogadora formada localmente", para estimular o crescimento do talento europeu local.
Vídeo-Árbitro (VAR) a partir dos quartos-de-final
Para profissionalizar ainda mais a competição, o Vídeo-Árbitro (VAR), utilizado antes apenas para a final, será usado em todos os jogos a partir da fase a eliminar.
Mais competitividade, mais equipas, mais visibilidade
A contagem decrescente para a renovada Women’s Champions League começará em Maio, com o anúncio dos novos parceiros comerciais durante os preparativos para a final de 2021, em Gotemburgo. Estes parceiros foram atraídos por um formato mais competitivo - a introdução do Caminho dos Campeões e Caminho das Ligas para as primeiras eliminatórias, uma fase de grupos de 16 equipas seguida de uma fase a eliminar - a participação de mais equipas e jogadoras e, acima de tudo, a promessa de visibilidade global.
A 16 de Maio, a UEFA irá revelar um novo design e o primeiro hino oficial, que vai reflectir o futuro brilhante da competição.