Requisitada investigação interna ao protocolo anti-racismo
sexta-feira, 25 de outubro de 2013
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Michel Platini pediu uma investigação interna para saber porque é que o protocolo para lidar com incidentes de natureza racista não foi aplicado no jogo do CSKA, na quarta-feira.
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Para além da instauração de um processo disciplinar ao PFC CSKA Moskva, no seguimento de alegado comportamento racista de alguns dos seus adeptos no jogo da UEFA Champions League, frente ao Manchester City FC, a 23 de Outubro, o Presidente da UEFA, Michel Platini, pediu à administração da UEFA para proceder imediatamente a uma investigação interna para perceber porque é que o protocolo de três passos, estabelecido para lidar com incidentes de natureza racista, não foi implementado.
Este protocolo confere poderes ao árbitro para interromper o jogo e pedir para que seja feito um anúncio através do sistema sonoro, destinado ao público e no qual se apela aos espectadores para interromperem essa conduta racista, avisando igualmente que o jogo será suspenso e, posteriormente, abandonado, caso esse comportamento inaceitável continue. O procedimento é o seguinte:
• Primeiro passo: se o árbitro tomar consciência de comportamento racista grave, ou for informado disso pelo quarto árbitro, deve, como primeiro passo, parar o jogo e solicitar que seja feito um anúncio através do sistema sonoro a pedir ao público para parar imediatamente com esse comportamento racista.
• Segundo passo: se o comportamento racista não cessar assim que o jogo recomeçar, o árbitro deve suspender a partida por um período razoável de tempo e pedir às equipas para se dirigirem aos balneários. Será feito mais um anúncio ao público.
• Terceiro e último passo: se a conduta racista não terminar depois do segundo recomeço, o árbitro deve definitivamente, como último recurso, declarar o jogo interrompido. O delegado da UEFA irá assistir o árbitro, através do quarto árbitro, na determinação se o comportamento racista terminou, e qualquer decisão de abandonar o jogo só será tomada após todas as outras medidas possíveis terem sido implementadas, bem como avaliado o impacto que o abandono do desafio terá na segurança de jogadores e público.
A UEFA vai publicar as conclusões desta investigação interna assim que o caso disciplinar tenha sido avaliado pelo Comité de Controlo e Disciplina independente da UEFA, a 30 de Outubro.