Itália enfrenta ameaça ofensiva da Alemanha
terça-feira, 26 de junho de 2012
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A Alemanha parte para o jogo de quinta-feira, frente à Itália, como a equipa mais concretizadora do UEFA EURO 2012, com nove golos – apesar de ser, de entre os semifinalistas, aquela que rematou menos vezes à baliza.
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Alguém vai ter que ceder em Varsóvia, na quinta-feira, quando Alemanha e Itália se defrontarem, na luta pelo acesso à final do UEFA EURO 2012.
Com os "azzurri" invictos há 14 jogos, fase de qualificação e fase final incluídas, sob o comando de Cesare Prandelli, e depois de a Alemanha contar com um recorde mundial de 15 vitórias oficiais consecutivas, que remonta ao último Campeonato do Mundo, cada equipa é um caso interessante rumo à final de domingo, em Kiev.
No entanto, o maior pendor ofensivo da "mannschaft", certamente quando comparado com o do adversário, pode ser decisivo. A equipa de Joachim Löw é a mais concretizadora de entre as quatro semifinalistas, com nove golos marcados, mas ainda assim é uma das que remata menos à baliza (juntamente com Portugal), com 33 disparos. No caso da Itália, as estatísticas invertem-se – 50 remates à baliza resultaram em apenas quatro golos.
O desempenho de cada país nos quartos-de-final é um caso de estudo. Enquanto os "azzurri" tiveram dificuldades para eliminar a Inglaterra, apesar de terem desfrutado de várias oportunidades flagrantes, a Alemanha recuperou do choque que foi sofrer o empate frente à Grécia marcando três golos em 13 minutos – e isto depois de ter alterado o trio de ataque.
No entanto, Prandelli tem em Andrea Pirlo um dos jogadores mais notáveis em prova. O médio da Juventus controlou o ritmo desde o início frente à Inglaterra, em Kiev, completando um total de 117 passes, um recorde no EURO. Desses, um terço foram no prolongamento, altura em que era expectável o médio de 33 anos quebrar fisicamente, devido ao cansaço, o que é um indicador cabal do nível de resistência do campeão mundial de 2006.
O duelo de criativos com Özil – dez anos mais novo e autor de tantas assistências, três, quanto toda a selecção italiana na fase final – pode ser fundamental para determinar o desfecho do terceiro encontro entre as duas equipas na história do Campeonato da Europa.
Complementar para a astúcia de Pirlo tem sido o esforço de Claudio Marchisio. Utilizado numa posição mais adiantada no meio-campo do que o seu colega de clube, Marchisio, em média, percorreu 11,177 quilómetros em cada jogo da fase de grupos, mais do que a média do torneio, que é de 10,649 quilómetros.