Tratar do futuro no Chipre
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
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A UEFA reuniu-se com as 53 federações nacionais durante dois dias em Chipre, para discutir assuntos de interesse mútuo que possam ajudar o organismo na sua estratégia a breve prazo.
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A UEFA manteve conversas estratégicas preciosas em Chipre com as 53 federações nacionais, que ajudarão o organismo que tutela o futebol europeu a delinear o futuro em várias áreas.
Os presidentes e secretários-gerais das federações foram a Limassol para dois dias de reuniões e diálogo sobre temas como, por exemplo, as competições europeias, o futebol feminino e o calendário internacional.
"Nos Congressos [da UEFA], não temos a oportunidade de falar com as federações nacionais", afirmou o presidente da UEFA, Michel Platini, esta quinta-feira. "Aqui, as 53 federações estiveram presentes e puderam exprimir as suas necessidades."
O calendário internacional foi um tema-chave na discussão. "Foi apoiado um calendário que permita dois jogos numa semana, em vez de um jogo particular, em especial aqueles que se disputam no mês de Agosto, um problema para os responsáveis federativos", referiu o Secretário-Geral da UEFA, Gianni Infantino. "Agora que o processo de consulta começou, o calendário internacional depende da FIFA. É válido para o Mundo inteiro, pelo que a Europa tem de agir de forma proactiva, embora a palavra final seja da FIFA."
"A FIFA instruiu os secretários-gerais das confederações para trabalharem num calendário internacional, que é importante para toda a gente - para os clubes, para as federações, para as ligas", acrescentou Platini. "É uma prioridade para todos. Temos de reflectir no que é melhor e fazer uma proposta à FIFA."
No combate aos resultados combinados, tanto Michel Platini como Gianni Infantino destacaram a necessidade de se realizarem contactos directos entre as autoridades desportivas e nacionais. Isso tem sido facilitado pela criação de Oficiais de Integridade em toda a Europa, que irão trabalhar em conjunto com a polícia e com as autoridades nacionais dos diversos países.
"Criámos um sistema de detecção de apostas fraudulentas, que nos irá alertar para movimentos estranhos de apostas", revelou Infantino, acerca de um sistema em que cerca de 30,000 jogos serão monitorizados por época, incluindo os das competições da UEFA e das primeiras e segundas divisões na Europa. "Quando se tem acesso a esta informação, o que se faz? Vai-se às polícias e às procuradorias e pede-se para abrirem investigações porque eles têm as ferramentas para o fazer".
"É absolutamente crucial que as autoridades estatais cooperem com as autoridades desportivas. As autoridades desportivas podem apenas tomar medidas disciplinares - não podemos pôr ninguém na cadeia ou atribuir sanções criminais -, mas também podem, de um ponto de vista disciplinar, actuar quando receberem a informação das diversas polícias e das autoridades estatais."
Na reunião de quinta-feira em Limassol, o Comité Executivo da UEFA também renovou a vontade de desenvolver a arbitragem em toda a Europa, dando luz verde à realização da Convenção da UEFA sobre Arbitragem, Educação e Organização, de 2012 a 2016. A convenção pretende reforçar a educação arbitral, promovendo o papel do árbitro e reforçando a evolução das estruturas da arbitragem. "Estamos a ajudar as federações a desenvolverem os seus árbitros", explicou Platini. "A UEFA está a dar o seu melhor para assegurar que a arbitragem melhora em todos os países da Europa."
Num olhar para o UEFA EURO 2012, que se realizará no próximo Verão, na Polónia e na Ucrânia, o presidente da UEFA mostrou total optimismo. "Desde o início que este tem sido um grande desafio para a UEFA, para a Polónia e para a Ucrânia", disse. "Será, certamente, um desafio ganho. As coisas estão a andar para a frente. Estes dois países nunca organizaram uma grande competição internacional, pelo que estamos a ajudá-los. Estamos felizes e penso que tudo estará em condições em 2012, especialmente se houver bons jogadores em bons jogos. Esse é o principal objectivo de um EURO."