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O talismã do sonho búlgaro

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Capitão e melhor marcador da história da selecção búlgara, Dimitar Berbatov mostra orgulho no que já alcançou a nível pessoal, mas anseia por levar a Bulgária ao reencontro com a glória.

O talismã do sonho búlgaro
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Depois de uma década de êxitos sem precedentes, nos anos 90 do século XX, a Bulgária não mais voltou a estar perto de igualar tais resultados, algo que Dimitar Berbatov está apostado em corrigir, apontando já baterias para uma presença na fase final do UEFA EURO 2012.

Berbatov tem sido o talismã da Bulgária nos últimos anos, sucedendo a Hristo Stoichkov e Hristo Bonev como o goleador-mor da sua selecção nacional. Até agora, contudo, o avançado do Manchester United FC não teve oportunidade de alcançar o sucesso num grande torneio internacional de selecções, algo que, segundo o próprio, se deve a vários factores.

"Como somos um país relativamente pequeno - não temos a dimensão da Inglaterra, Itália ou Brasil - não temos assim tantos jogadores de grande qualidade", explicou ao UEFA.com o atacante que, em 2007, assumiu a braçadeira de capitão da selecção principal da Bulgária. "Assim, quando alguns dos principais jogadores estão lesionados, é complicado encontrar substitutos à altura, mas creio que temos à nossa disposição alguns jovens talentosos". Ainda que lembrando que a Bulgária "tem tido sempre adversários complicados pela frente", Berbatov acrescenta que existe um elemento intangível nas constantemente mal-sucedidas fases de qualificação da sua selecção. "Falta sempre algo, não consigo dizer o que é".

A década de 90 do século passado marcou uma era de ouro para o futebol búlgaro, com a sua selecção principal a alcançar a qualificação para três grandes torneios consecutivos, tendo o ponto alto sido o quarto lugar no Campeonato do Mundo de 1994, nos Estados Unidos. "As pessoas têm sempre tendência a fazer comparações entre as equipas, seja no passado, no pressente ou no futuro", salientou o ponta-de-lança de 29 anos. "E isso traz uma pressão acrescida aos jogadores. Nessa altura era diferente, tínhamos, de facto, vários excelentes jogadores. Eles alcançaram algo de inimaginável e ainda vivemos com esse feito muito presente na nossa memória".

Berbatov até já marcou presença uma grande competição pela sua selecção, mas foi uma experiência para esquecer, com a Bulgária a perder os três jogos que disputou na fase de grupos do UEFA EURO 2004, em Portugal, sofrendo nove golos e marcando apenas um. Depois de falhar o apuramento para o Campeonato do Mundo deste ano, o próximo objectivo da selecção búlgara passa por garantir a qualificação para o próximo Campeonato da Europa, dentro de dois anos, na Polónia e Ucrânia. Para lá chegar, a Bulgária terá de ultrapassar o Grupo G, no qual tem como adversários a Suíça, País de Gales, Montenegro e Inglaterra, país onde Berbatov mostra os seus dotes com a camisola do United.

Com um misto de jogadores mais experientes e jovens talentosos, Berbatov espera que tenha chegado, finalmente, a hora de a Bulgária se reencontrar com a glória do passado. "Estou muito ansioso com o arranque da próxima fase de qualificação para o Campeonato da Europa. Se alcançarmos o apuramento, ficarei muito feliz. Vamos continuar a trabalhar até conquistarmos algo".

Embora a sua selecção não tenha ainda conseguido atingir a excelência de outros tempos, Berbatov tem assumido o papel de líder e batido muitos recordes pelo meio. Soma já 48 golos pela Bulgária, um marco que muito valoriza. "Tenho bastante orgulho nesse feito, porque era uma ambição pessoal tornar-me no melhor marcador da história do país", admitiu. "Recebi uma carta de quem antes detinha esse registo, Hristo Bonev, que afirmou ter uma grande admiração por mim".

Em Janeiro, foi eleito Jogador Búlgaro do Ano pela sexta vez consecutiva, feito sem precedentes que lhe permitiu ultrapassar "o enorme" Hristo Stoichkov, e mostrou uma grande satisfação por colocar "o nome na história da Bulgária", como referiu. "No passado tivemos Stoichkov, Hristo Bonev, Balakov, Letchkov, Kostadinov, Penev – todos eles magníficos jogadores". Berbatov será, sem dúvida, considerado nesse lote quando deixar o futebol, mas para já a prioridade do actual capitão da Bulgária é mesmo igualar os feitos desses nomes ao serviço da selecção.

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