Oportunidade única para Gales
terça-feira, 18 de novembro de 2003
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O treinador galês, Mark Hughes, acredita que a sua equipa tem que "aproveitar o dia" para que possa ultrapassar a Rússia, em Cardiff.
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Por Trevor Haylett, em Cardiff
Depois de saber que Ryan Giggs não foi castigado para a segunda-mão do "play-off" do UEFA EURO 2004™, em casa com a Rússia, o País de Gales espera que Giggs possa deixar para trás os seus problemas físicos e alinhe como titular no lotado Millennium Stadium.
Peça fulcral
As duas selecções empataram, 0-0, em Moscovo, no sábado passado, resultado esse que satisfez os galeses pois a Rússia provou, durante a qualificação, que conseguia marcar muitos golos nos jogos realizados em casa. No entanto, o País de Gales espera agora vencer, na quarta-feira, e Giggs é uma das peças fundamentais da máquina galesa.
Novo guarda-redes
A selecção russa enfrenta alguns problemas uma vez que o guarda-redes Sergei Ovchinnikov e o capitão Aleksandr Mostovoi estão suspensos, em consequência dos cartões vistos no primeiro jogo. Sem Ovchinnikov, o treinador russo, Georgi Yartsev, vai ser forçado a seleccionar Igor Akinfeev, de apenas 17 anos de idade, ou Viatcheslav Malafeev, que podem assim ter a sua estreia ao serviço da equipa principal russa.
Giggs sentenciado
A Football Union of Russia [Federação Russa de Futebol] acusou Giggs de ter dado uma cotovelada ao defesa Vadim Evseev, tendo já enviado um vídeo como prova para a sede da UEFA, em Nyon. Mas o organismo que tutela o futebol europeu decidiu que Giggs pode jogar, apesar de, posteriormente, poder sofrer uma sanção disciplinar. No entanto, o treinador galês, Mark Hughes, não garantiu que Giggs esteja preparado para alinhar. "O Ryan ainda se ressente um pouco da lesão que sofreu na primeira mão, mas esperamos que possa lá estar", afirmou Hughes.
Objectivo à vista
O País de Gales sabe que um empate a uma bola pode tornar o jogo complicado e causar mais um forte susto a uma pequena nação que não foi capaz de agarrar a sua oportunidade há dez anos atrás, quando precisou de derrotar a Roménia para chegar às finais do Campeonato do Mundo 1994. E isso foi uma repetição do que já tinha acontecido em 1978 e 1986. Desta vez, Gales está determinado a dar o passo final, mas Hughes reconhece que a estratégia de contenção, utilizada na primeira mão no estádio do Lokomotiv, terá que ser bem diferente.
"Aproveitem o dia"
"Temos que jogar para ganhar, enquanto que, no fim-de-semana passado, a responsabilidade de vencer a partida não recaía sobre nós; só tínhamos que garantir o empate fora de casa", afirmou. "Esta é a mais bem preparada equipa galesa de sempre. Oportunidades como esta raramente acontecem no futebol, por isso temos que aproveitá-la ao máximo. Os jogadores têm que aproveitar bem o dia", advertiu o treinador.
O desejo de Titov
Se Giggs e o médio Robbie Savage estiverem em condições para jogar, Hughes vai poder colocar em campo o mesmo onze que anulou o perigoso ataque russo na primeira mão, apesar de poder optar por Robert Earnshaw, prodigioso goleador do Cardiff City FC. Os seus oponentes terão de efectuar três mudanças no total, com Andrei Kariaka a ficar na Rússia, lesionado. Se Yegor Titov recuperar a forma, poderá ser mais uma carta disponível no baralho russo.
Adolescente preparado
Akinfeev, que saboreou a liga russa e a o futebol europeu no seu primeiro ano ao serviço da equipa principal do PFC CSKA Moskva, afirmou que estava preparado. "Não percebo porque é que tem que ser diferente", afirmou. "Só 17 anos? E depois? Fui chamado à selecção nacional, o que significa que o treinador conta comigo. É normal que esteja preparado para entrar em campo a qualquer altura".