Alfredo Di Stéfano: Um deus do estádio
segunda-feira, 7 de julho de 2014
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Ícone do futebol europeu, Alfredo Di Stéfano, falecido aos 88 anos, conquistou a admiração do mundo com sublimes habilidades e golos ao longo da brilhante no Real Madrid.
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Consagrado como um dos melhores jogadores da história do futebol, Alfredo Di Stéfano, jogador lendário do Real Madrid CF, faleceu na capital de Espanha aos 88 anos.
Conhecido como a "seta loira” nos tempos de jogador em que conquistou inúmeros títulos, incluindo cinco Taças dos Clubes Campeões Europeus e oito campeonatos de Espanha, Di Stéfano deslumbrou o mundo do futebol ao serviço da equipa que dominou o final da década de 1950 e o início da seguinte.
Nascido a 4 de Julho de 1926, em Buenos Aires, chegou aos escalões jovens do CA River Plate com apenas 13 anos, mas rapidamente começou a exibir a força e o talento que lhe permitiriam atingir o ponto máximo do seu desporto de eleição.
A evolução de Di Stéfano foi beneficiada pelo empréstimo ao CA Huracán, em 1946, e no regresso ao River integrou um ataque que se viria a tornar lendário ao lado de jogadores como Juan Carlos Muñoz, José Manuel Moreno, Ángel Labruna e Félix Loustau. Passou depois a representar o CD Millonarios e foi num jogo particular ao serviço da equipa colombiana no reduto do Real Madrid que impressionou o antigo presidente Santiago Bernabéu a ponto de ser contratado, em Setembro de 1953.
O Real Madrid sagrou-e campeão na primeira época em que contou com o avançado e deu início a um período em que conquistou sete títulos espanhóis entre 1955 e 1964, para além de ter feito a “dobradinha” em 1962. Foi durante esse tempo que o colosso espanhol mostrou o seu poderio nos palcos internacionais ao conquistar as primeiras cinco edições da Taça dos Clubes Campeões Europeus. Di Stéfano brilhou a grande altura na mais prestigiada competição do futebol europeu, marcando nas cinco finais e fazendo um “hat-trick” lendário no triunfo por 7-3 sobre o Eintracht Frankfurt em Maio de 1960.
O atacante obteve a nacionalidade espanhola em 1956 e apontou 23 golos em 31 internacionalizações pelo país de adopção. Após pendurar as chuteiras teve uma longa carreira como treinador e conquistou o título espanhol e a Taça dos Vencedores das Taças no comando do Valencia CF.
Tornou-se presidente honorário do Real Madrid em 2000 e, oito anos mais tarde, recebeu o primeiro Prémio Presidente da UEFA das mãos de Michel Platini. "Um grande entre os grandes", foi assim que o Presidente da UEFA descreveu Di Stéfano, acrescentando: "Alfredo Di Stéfano personificou o melhor do futebol mundial ao longo de duas décadas, um deus do estádio, um mágico da bola, um mestre perfeito do futebol. Você inventou o futebol moderno nos nossos ecrãs de televisão."