Javi García fala de passado ilustre e elogia Benfica
segunda-feira, 1 de janeiro de 2018
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O médio Javi García, que passou por alguns grandes clubes europeus e foi contratação sonante do Betis este Verão, falou ao UEFA.com sobre o início de época, os óptimos anos passados no Benfica e o seu percurso europeu.
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Aos 30 anos, Javi García regressou esta época à Liga espanhola após uma longa carreira no estrangeiro, em clubes como Benfica, Manchester City e Zenit. O jogador natural de Murcia enfrenta uma campanha plena de expectativas ao serviço de uma equipa do Betis que se reinventou e ambiciona algo mais.
Porque decidiu regressar a Espanha?
Joguei fora praticamente toda a carreira, por isso tinha o desejo de me dar a conhecer melhor no meu país. O projecto do Betis seduziu-me devido à qualidade dos jogadores contratados e por ter um óptimo treinador.
Como se tem adaptado ao estilo de Quique Setién?
Muito bem, pois o treinador quer o mesmo que os jogadores, ou seja, ter a posse da bola. Por isso estamos a desfrutar imenso desta forma de jogar. Também me agrada a maneira como ele encara o futebol, os seus métodos de treino e a forma de abordar os jogos.
Já jogou como defesa-central e médio-defensivo. Em qual das posições se sente melhor?
Faço as duas posições sem problemas, mas sempre fui médio-defensivo e é aí que me sinto mais confortável. Jogar como defesa-central talvez me exija um pouco mais de concentração, pois alinhei nesse lugar poucas vezes.
Com apenas 17 anos, o que aprendeu ao conviver de perto com os "Galácticos" do Real Madrid?
Surpreendeu-me ver o quanto trabalhavam Figo, Beckham, Zidane, Raúl e Ronaldo, apesar do estatuto que tinham. De certo modo, isso obrigou-me a esforçar-me ainda mais para ser alguém no futebol.
Tem passagens por alguns dos campeonatos mais importantes. Que etapa da sua carreira mais gostou?
Passei anos muitos bons no Benfica, gostei bastante da cidade, do clube e dos adeptos. Foi lá que senti pela primeira vez o prazer de jogar num grande clube, onde era um jogador importante, e foi também nessa altura que comecei a sentir a responsabilidade de jogar bem. A nível futebolístico e pessoal, estive a um óptimo nível e foram três épocas muito agradáveis.
Ao serviço do Benfica foi eliminado nas meias-finais da UEFA Europa League 2010/2011. Qual a sensação de ficar tão perto da final?
É a minha maior desilusão até ao momento, porque era muito jovem, tinha a possibilidade de disputar a final de uma competição europeia, algo que não acontece tão frequentemente. Foi difícil de aceitar pois não estávamos à espera. Lembro-me que, no final do jogo, estava sem reacção, ainda não tinha assimilado o que se tinha passado.
Seguiu-se o Manchester City. Como foi a experiência em Inglaterra?
Foi uma mudança muito grande, para um dos melhores campeonatos do Mundo e logo para o campeão. Os primeiros meses foram complicados, até tive dificuldades para dormir. Mas na segunda época as coisas mudaram e desfrutei mais, tendo inclusive muito tempo de jogo e ajudando à conquista do título.