Como me tornei treinadora
terça-feira, 17 de janeiro de 2017
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Milena Stevanovska conta a história de como fez a transição de jogadora para treinadora, com a ajuda do Projecto de Desenvolvimento de Treinadoras da UEFA.
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![Milena Stevanovska está grata pela bolsa de estudo que recebeu Milena Stevanovska está grata pela bolsa de estudo que recebeu](https://editorial.uefa.com/resources/0235-0f8e48f193aa-2eb6ef3bb586-1000/format/wide1/milena_stevanovska_is_thankful_for_the_scholarship_she_received.jpeg?imwidth=158)
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Milena Stevanovska, antiga internacional da ARJ da Macedónia, sempre sonhou ter uma carreira como treinadora, mas nunca pensou que fosse possível devido a motivos profissionais e financeiros.
No entanto, uma bolsa de estudo obtida através do Projecto de Desenvolvimento de Treinadoras da UEFA abriu o caminho para alcançar o seu sonho. "Pensava em iniciar uma carreira como treinadora desde que deixei de jogar, há alguns anos, mas se não tivesse recebido a bolsa de estudo, neste momento não seria uma treinadora UEFA B", disse.
O recente crescimento do futebol feminino não se reflectiu no número de treinadoras formadas pela UEFA. O Projecto de Desenvolvimento de Treinadoras da UEFA, que começou em força no início do ano passado, pretende mudar isso, aumentando o número de treinadoras qualificadas, bem como clubes e selecções orientados por mulheres.
O financiamento para as bolsa de estudo destinadas a treinadoras candidatas aos cursos A e Pro da UEFA variam, pois o custo dos mesmos é diferente em cada país. A UEFA também apoia cursos B e C para treinadoras ao apontar um instrutor técnico UEFA para a relaização de parte do curso, ou então fornecendo financiamento para cobrir alguns dos custos.
"Conhecer outras mulheres com o mesmo objectivo, partilhar experiências e ver como é a abordagem masculina ao jogo foi extremamente útil", explicou Stevanovska, que participou num curso misto.
Um diploma UEFA B exige 120 horas de estudo, incluindo análise de jogos, leitura do jogo, fases no desenvolvimento de um jogador, princípios do treino de condição física e também de observação de jogadores.
"Apercebi-me que estar envolvida no futebol como treinadora é totalmente diferente do que como jogadora", disse Stevanovska. "Treinar exige uma grande dose de conhecimento – a nível teórico e prático – e dedicação. Agora tenho muito mais admiração pelos treinadores, e acredito que fiz a escolha certa ao obter mais estudos".
O apoio financeiro da UEFA a treinadoras está a dar frutos na Macedónia. Logo após o programa da UEFA ter sido lançado, o número de mulheres a candidatarem-se ao curso B aumentou quatro vezes.
Os programas de formação de treinadores – diplomas A, B, C e Pro – estão abertos a mulheres das 55 federações-membro da UEFA que ambicionem tornar-se treinadoras.