As revelações da Liga 2014/15
terça-feira, 26 de maio de 2015
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Conhecidas as escolhas para o "onze" da Liga 2014/15, anunciamos quais foram, na nossa opinião, as principais revelações da temporada.
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Conhecidas as escolhas da redacção portuguesa do UEFA.com para o "onze" ideal da Liga em 2014/15, revelamos esta terça-feira quais foram, na nossa opinião, as principais revelações da época.
O guarda-redes Matheus, de 22 anos, chegou ao SC Braga no início da presente época, oriundo do América FC, e assumiu a titularidade à sexta jornada. Uma exibição de sonho três jornadas depois, quando o Braga infligiu ao campeão SL Benfica a sua primeira derrota da época, deu a conhecer o guardião brasileiro ao futebol português e serviu de mote para uma grande temporada.
Bruno Gaspar mostrou no lado-direito da defesa do Vitória SC uma solidez e acutilância ofensiva admiráveis para alguém que fazia a sua primeira época no escalão principal. O jovem de 22 anos, emprestado pelo Benfica, foi sem dúvida uma das figuras do excelente percurso realizado pelos vimaranenses. O lateral-esquerdo Marçal, do CD Nacional da Madeira, viveu a sua melhor época de sempre desde que chegou ao clube madeirense, revelando-se como um dos melhores a actuar na sua posição na Liga portuguesa, com exibições que despertaram mesmo o interesse de clubes de outra dimensão.
Paulo Oliveira tornou-se, ao fim de algumas jornadas, indiscutível no centro da defesa do Sporting Clube de Portugal e com, a saída de Maurício para a SS Lazio, em Janeiro, assumiu-se em definitivo como o patrão do sector mais recuado dos "leões". Outro defesa-central em evidência esta época foi João Afonso, curiosamente contratado pelo Guimarães para suprir a saída de Paulo Oliveira para o Sporting. Vindo do Benfica de Castelo Branco, do terceiro escalão, depressa se ambientou às exigências do escalão principal e foi um dos esteios da defesa vimaranense ao longo de toda a época, mostrando-se muito forte no jogo aéreo e no desarme.
Outro jovem jogador do Sporting em excelente plano ao longo da época foi João Mário. Depois de uma grande época de 2013/14 ao serviço do Vitória FC, o médio regressou ao clube "leonino" e não tardou a afirmar-se como peça vital do esquema táctico de Marco Silva. André André, por seu lado, foi talvez o principal motor da caminhada do Vitória de Guimarães rumo a um lugar europeu; sempre pronto para conduzir os ataques da sua equipa, o filho do antigo médio do FC Porto António André (vencedor da Taça dos Campeões Europeus em 1987) terminou a temporada com uns impressionantes 11 golos marcados. Rúben Neves, de apenas 17 anos, surpreendeu muitos ao integrar o plantel principal do FC Porto esta época, mas não acusou a pressão e mostrou toda a sua personalidade ao premiar com um golo, logo na primeira jornada, a confiança do seu treinador, Julen Lopetegui. Um início auspicioso para uma grande primeira época como futebolista profissional.
Anderson Talisca sofreu uma quebra de forma à medida que que a temporada foi avançando, chegando mesmo a perder a titularidade no Benfica, mas foi sem dúvida a grande figura da primeira metade da época, crucial para o excelente arranque dos "encarnados". O jovem jogador brasileiro, não acusou a mudança para o futebol europeu e marcou oito golos nas nove primeiras jornadas da Liga. Hernâni foi outra das sensações da primeira parte da temporada, graças à sua capacidade técnica, velocidade e boa finalização, qualidades que lhe valeram a transferência, a meio da época, do Guimarães para o Porto, onde continuou a dar cartas. Por fim, Marco Matias afirmou-se como o principal goleador luso da Liga Portuguesa 2014/15. O avançado de 26 anos do Nacional da Madeira, onde chegou no início da presente época, terminou a prova com 17 golos, apenas menos quatro do que Jackson Martínez.
Outros jogadores merecem menção, como Tobias Figueiredo, jovem defesa-central do Sporting promovido à equipa principal em Janeiro, Hélder Lopes, lateral do FC Paços de Ferreira, e o seu colega Michaël Seri, o sempre consistente médio brasileiro Danilo, do Braga, o criativo médio Tozé, do Estoril Praia, ou outro centrocampista, Fábio Sturgeon, do CF Belenenses ou o médio Bernard, do V. Guimarães. Menção também para Petit, técnico do Boavista FC, talvez a maior revelação da época a nível de treinadores. Ao leme de uma equipa formada de raiz, vinda directamente do terceiro escalão depois de uma decisão judicial, o antigo internacional português conseguiu conduzir os "axedrezados" à manutenção e a uma temporada sem grandes sobressaltos.