Multifacetada Hussein a brilhar
domingo, 8 de julho de 2012
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Farmacêutica de dia e árbitra à noite, Riem Hussein é uma pessoa bastante talentosa e está a despertar a atenção no Campeonato da Europa Feminino Sub-19, em Antália.
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Longe de se deixar afectar pelo calor no sul da Turquia, a árbitra alemã Riem Hussein está a prosperar sob as luzes da ribalta da fase final do Campeonato da Europa Feminino de Sub-19. A farmacêutica, de 31 anos, possui um currículo impressionante mas, como explicou ao UEFA.com, está entusiasmada por alargar a sua experiência.
"Tenho gostado muito deste torneio", disse, à medida que se prepara para dirigir o jogo desta noite entre o país anfitrião e a Roménia, a contar para o Grupo A. "Até ao momento, tive a oportunidade de aprender bastante com observadores muito experientes, e o trabalho que árbitros e assistentes fazem é excelente. Também nos divertimos bastante com o tempo fantástico que se faz sentir na Turquia."
A antiga avançada do MTV Wolfenbüttel, retirada em 2005, considera que a transição da carreira de jogadora para árbitra decorreu sem esforço. "No início, no nosso pensamento, ainda somos jogadores até um certo ponto", explicou. "Mas quanto mais se arbitra, mais fácil se torna. Demorou algum tempo, mas foi fácil porque temos que nos concentrar no nosso trabalho e nos nossos deveres. Digo sempre que o facto de ter praticado a modalidade é uma grande vantagem. Imediatamente reconhecemos uma falta e compreendemos a reacção dos jogadores. Ajuda muito."
Hussein não é estranha aos grandes eventos, após ter arbitrado a final da Taça da Alemanha, em 2010, uma honra que classifica como um dos seus feitos mais orgulhosos. "Estavam mais de 26.000 pessoas no estádio", disse. "Isso não é muito habitual – nem mesmo na Alemanha, e foi transmitido em directo na televisão. O jogo correu muito bem e é um momento que nunca vou esquecer."
Com o escrutínio intenso e a análise sempre inevitável, arbitrar é um teste difícil ao carácter de qualquer pessoa, mas Hussein acredita que desenvolveu os métodos necessários para lidar com isso. "Penso que é uma questão de preparação mental. Coisas como atribuir um canto e formar uma barreira têm que acontecer sem que pensemos nelas. No futebol feminino, não temos muitos jogos com bastante interesse público, mas concentrarmo-nos e acreditarmos em nós próprios e nas nossas capacidades ajuda a lidar com a pressão."