Rumo a África
quinta-feira, 10 de junho de 2010
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Na sua coluna editorial na uefadirect, publicação oficial da UEFA, o secretário-geral da UEFA, Gianni Infantino, destaca o início do Campeonato do Mundo de 2010 na África do Sul.
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Serão 299 os jogadores que defenderão as cores das 13 selecções de países filiados na UEFA qualificados para a fase final do Mundial de 2010, o primeiro que se desenrolará em África.
A tradicional dimensão desportiva do evento será acompanhada por outro aspecto histórico, uma vez que o continente africano há muito ansiava por este momento – e teve de esperar até à 19ª fase final para ver os seus esforços e a sua paixão finalmente recompensados.
Para a UEFA, a localização deste Mundial é, de alguma forma, simbólica, pois levará à inversão da situação habitual. Passam a ser os futebolistas europeus a deslocarem-se a África e serão os adeptos europeus a seguirem pela televisão uma competição que terá lugar em solo africano.
Trata-se de uma troca justa para um continente que, ano após ano, envia os seus melhores futebolistas para a Europa, onde cerca de cinco centenas ingressam todas épocas em clubes europeus.
Estes jogadores dão um importante contributo para a qualidade de jogo que as equipas dos nossos clubes podem oferecer aos respectivos adeptos. Agora, estamos muito satisfeitos por podermos retribuir, enviando os nossos melhores executantes na direcção oposta e poder dar alguma coisa em troca, por pouca que seja, de tudo aquilo que tão generosamente nos oferecem.
Olhando para lá do Verão, espero sinceramente que o Mundial possa dar um novo e sustentado impulso ao futebol africano, em particular ajudando-o a aumentar a atractividade dos seus campeonatos nacionais. É, acredito, importante oferecer aos futebolistas africanos uma alternativa ao êxodo, dando-lhes a oportunidade de jogarem futebol em condições atractivas no seu próprio continente.
O futebol apenas tem a beneficiar com um maior equilíbrio de forças, que assegurará a sua vitalidade a longo prazo. Tenho a certeza que as nossas equipas farão a respectiva parte para darem ao futebol africano o impulso que merece e, tendo isto em vista, desejo a melhor sorte às selecções da Alemanha, da Dinamarca, da Eslováquia, da Eslovénia, da Espanha, da França, da Grécia, da Holanda, da Inglaterra, da Itália, de Portugal, da Sérvia e da Suíça (listadas por ordem alfabética, não denotando qualquer preferência).