Árbitras aconselhadas pelos especialistas

As árbitras da UEFA estiveram em Nyon esta semana para se prepararem para os próximos desafios e receberem conselhos sobre a melhor forma de dirigir os jogos nas diversas provas femininas na Europa.

Quase 40 árbitras e árbitras assistentes participaram nas sessões de trabalho e realizaram testes físicos no Estádio Colovray, situado em frente à Casa do Futebol Europeu da UEFA. O curso também serviu de processo de selecção para os Campeonatos da Europa de Sub-17 e de Sub-19, as duas competições femininas que vão ser disputadas este Verão.

O sexto curso da UEFA para árbitras internacionais permitiu às juízas ficarem a conhecer as últimas instruções da FIFA para os árbitros internacionais, ao mesmo tempo que demonstravam à UEFA que estão em condições físicas para dirigirem jogos ao mais alto nível. "Quando um árbitro não está em boa forma, não consegue ter a auto-confiança necessária", explicou o membro do Comité de Arbitragem da UEFA, Bo Karlsson.

A preparação física está intimamente ligada à prevenção de lesões, e as árbitras receberam informações importantes sobre esta parte fundamental do seu trabalho proporcionada pelo fisioterapeuta Dallemagne Xavier, que trabalha em estreita colaboração com a UEFA. "Não há nada mais irritante do que sofrer uma lesão quando se está à espera de um jogo importante. É fundamental estudar a melhor forma de evitar certo tipo de lesões ", explicou Karlsson.

As árbitras precisam conhecer bem as tendências do futebol feminino, especialmente na vertente táctica, onde se tem verificado grande evolução nos últimos anos. O curso analisou as evoluções que surgiram ao mais alto nível no futebol feminino, no Campeonato da Europa Feminino que foi disputado no ano passado na Finlândia.

Os elementos essenciais da arbitragem e do processo de decisão de uma equipa de arbitragem são a leitura do jogo, os castigos progressivos, a lei da vantagem, lidar com as lesões de jogadores, os protestos, as mãos na bola, posicionamento, movimentações e trabalho em equipa dos árbitros com os assistentes. Os delegados analisaram todos estes elementos fundamentais em sessões práticas e de discussão, onde foram usadas excertos de vídeo para melhor destacar alguns aspectos.

O inglês tornou-se a língua comum na arbitragem europeia e as árbitras foram alertados para a necessidade de comunicarem bem em inglês, especialmente na elaboração dos relatórios para a UEFA, pois os relatórios podem constituir o único registo de um jogo.

Finalmente, o curso permitiu às árbitras conhecerem-se melhor e trocarem ideias, o que vai estar na origem da criação de uma rede de árbitras que envolve a UEFA, as juízas e os órgãos nacionais competentes. É um projecto fundamental para o futuro, pois o sector feminino da arbitragem tem vindo a ganhar importância.