O UEFA.com funciona melhor noutros browsers
Para a melhor experiência possível recomendamos a utilização do Chrome, Firefox ou Microsoft Edge.

"Alemanha ainda é o alvo"

Três vezes campeã da Europa pela Alemanha, Steffi Jones é agora presidente do comité organizador local do Mundial de 2011 e falou ao uefa.com sobre o sucesso das germânicas.

Steffi Jones (à esquerda) passou o testemunho a jogadoras como Simone Laudehr
Steffi Jones (à esquerda) passou o testemunho a jogadoras como Simone Laudehr ©Getty Images

Steffi Jones sabe o que é vencer o Campeonato da Europa Feminino, pois fez parte da defesa da Alemanha quando esta selecção ergueu o troféu em 1997, 2001 e 2005, e venceu o Mundial de 2003, tendo marcado ambos os golos no triunfo do 1. FFC Frankfurt na primeira edição da Taça UEFA Feminina, realizada no ano anterior. Jones deixou a selecção germânica em 2007 e é agora presidente do comité organizador local do Mundial de 2011. Tem estado na Finlândia a assistir ao UEFA WOMEN’S EURO 2009™ e falou ao uefa.com numa altura em que a Alemanha prepara a final de quinta-feira com a Inglaterra, em Helsínquia.

uefa.com: Por que é a Alemanha tão forte?

Steffi Jones: As bases do sucesso foram estabelecidas no passado. Quando Tina Theune ainda estava à frente da selecção, a federação alemã construiu as estruturas para oferecer às jogadoras as melhores condições de treino possíveis e para promover a selecção feminina. Depois temos muito boas treinadoras como Tina Theune, Silvia Neid, Ulrike Ballweg, Maren Meinert, Bettina Wiegmann e ainda Ralf Peter, pelo que estamos em boa posição e têm continuado a melhorar as equipas ao longo dos anos. A Alemanha é uma charneira do futebol feminino e é sempre o alvo a bater. É preciso muito trabalho para permanecer no topo e é por isso que é muito mais gratificante chegar uma vez mais à final.

uefa.com: Há muita gente a dizer que a Alemanha é uma equipa talhada para as fases finais. Concorda com essa ideia?

Jones: Sim, decididamente. Mas nunca se deve dar nada como garantido, uma vez que o vento pode mudar muito facilmente. É claro que esperamos repetir os nossos sucessos no futuro, mas poderão vir aí tempos diferentes. Também é preciso um pouco de sorte para se chegar longe numa fase final. Lembro a nossa derrota frente aos Estados Unidos no Mundial 1999 [desaire por 3-2, depois de ter estado a vencer por 2-1]. Frente à Noruega, nas meias-finais, na Finlândia, tivemos sorte porque não sofremos um segundo golo quando a Noruega enviou uma bola ao poste.

uefa.com: Que tipo de final espera?

Jones: Vai ser uma boa final. A Inglaterra tem continuado a melhorar nos últimos anos e as suas selecções mais jovens, também. As jogadoras inglesas mostraram bastante confiança nesta fase final e melhoraram de jogo para jogo. Cometeram alguns erros, mas estarão confiantes quanto às suas possibilidades de vencerem a Alemanha. No entanto, continuo a achar que a Alemanha é mais sólida enquanto equipa e, com as suas fortes suplentes, tem sempre a possibilidade de aumentar mais uma velocidade, caso necessário. É por isso que a Alemanha é favorita.

uefa.com: Qual será a sua principal função enquanto presidente do Comité organizador local de 2011?

Jones: Sou embaixadora para o futebol feminino. Quero criar notoriedade positiva não apenas para o nosso desporto, mas também na política e quero promover o jogo nas escolas e clubes. Após estar nesta função há ano e meio, ainda estou surpreendida na variedade das tarefas. Estou a gostar do trabalho e de todas as aparições públicas, onde posso promover o futebol. Gosto bastante de fazê-lo.