Powell entusiasmada

Satisfação e alívio eram as emoções dominantes em Hope Powell depois de ter visto Jill Scott apontar, de cabeça, o golo que colocou a Inglaterra na final do UEFA WOMEN'S EURO 2009, na sequência de um pontapé de canto cobrado por Karen Carney, a quatro minutos do final do prolongamento. Antes, a Holanda tinha, mais uma vez, demonstrado enorme qualidade defensiva e a seleccionadora "laranja", Vera Pauw, não poupou elogios às suas jogadoras pelo desempenho conseguido ao longo do torneio.

Hope Powell, seleccionadora da Inglaterra
Honestamente, creio que fomos a melhor equipa em campo, mas por vezes a melhor equipa acaba por perder, como tantas vezes já aconteceu nesta competição. Sabíamos que a Holanda apresenta um sistema contra o qual é muito, muito frustrante jogar, mas que resulta e com o qual se dá muito bem. Felizmente, soubemos ser pacientes. Desperdiçámos algumas ocasiões de golo que talvez devêssemos ter concretizado, mas o mais importante é que, no fim, acabámos por ganhar mesmo no fim. Estou muito satisfeita e ansiosa pela final.

[Sobre ter deixado Karen Carney de fora] Sabíamos que as laterais holandesas eram bastante fortes fisicamente e pensámos que a Jess [Clarke] seria melhor opção para lutar contra elas e, talvez, cansá-las para mais tarde, se fosse necessário, fazer entrar a Karen. E foi o que aconteceu. Tenho de deixar uma palavra de apreço a Jess Clarke. Penso mesmo que foi graças a ela que marcámos o primeiro golo. Tínhamos estabelecido um objectivo [antes do início do torneio], apenas não o partilhámos com a comunicação social. O objectivo era disputar seis jogos. Primeiro, queríamos passar a fase de grupos mas o objectivo último era mesmo atingir a final. Chegámos lá e, agora, o próximo passo será vencê-la.

Kelly Smith, avançada da Inglaterra e vencedora do prémio Melhor em Campo Carlsberg
Estamos extremamente felizes. Satisfeitíssimas por termos chegado à final. Penso que realizámos uma grande exibição esta noite. Há que dar crédito à Holanda, que tornou as coisas muito complicadas para nós. Sabíamos como elas iam jogar e, por vezes, chega a ser frustrante atacar contra uma equipa que coloca dez jogadoras atrás da linha da bola, mas a nossa paciência acabou por dar dividendos.

Vera Pauw, seleccionadora da Holanda
O conto de fadas quase continuava. Penso que poderíamos ganhar se o jogo tivesse ido até aos penalties, mas a verdade é que a melhor equipa acabou por ganhar. Estou orgulhosa das minhas jogadoras: mostraram maturidade na forma de jogar e é duro perder com um golo a poucos minutos do fim. O que fizemos foi extraordinário e esta noite voltámos a estar bem. Tornaram-se jogadoras diferentes ao longo destas semanas. Temos consciência do nosso valor, mas batemos equipas que se encontram à nossa frente nos rankings. Facilitámos em demasia no canto que deu origem ao golo da vitória da Inglaterra e falhámos algumas vezes na marcação.