Futebol para desmistificar a epilepsia
segunda-feira, 29 de junho de 2009
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Esta sexta-feira, antes do pontapé de saída das meias-finais do Europeu de Sub-21, equipas de vários países europeus participaram em jogos a favor de Liga Internacional contra a Epilepsia.
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Esta sexta-feira, antes do pontapé de saída das meias-finais do Campeonato da Europa de Sub-21, equipas de jogadores representantes de vários países europeus participaram em jogos a favor de Liga Internacional contra a Epilepsia (ILAE) com o objectivo de desmistificar a doença.
Mensagem importante
O primeiro jogo do dia foi disputado em Gotemburgo por duas equipas de sete jogadores, que contavam com talentosos futebolistas portadores de epilepsia, para além de actuais e antigos profissionais de futebol, que empataram a dois golos no Gamla Ullevi. Todos quiseram passar a mensagem de que as pessoas com epilepsia podem destacar-se em qualquer aspecto do quotidiano.
Emoção em Gotemburgo
O primeiro jogo serviu de aperitivo para a primeira meia-final, entre a Inglaterra e a Suécia, e foi possível ver uma sensacional recuperação da equipa Azul, capitaneada pelo antigo internacional italiano Roberto Boninsegna. A equipa Vermelha chegou ao intervalo a vencer por 2-0, com Sadik Balouati a apontar os dois golos. O conjunto de Boninsegna, que apontou um golo na final do Campeonato do Mundo de 1970, conseguiu recuperar nos sete minutos do segundo tempo, chegando ao empate com dois golos de Sammy Dieng.
Outro empate
As atenções viraram-se depois para Helsingborg, o palco do encontro Itália-Alemanha, e onde decorreu o segundo jogo organizados pela ILAE e pela UEFA, em colaboração com o Gabinete Internacional Para a Epilepsia. Curiosamente, após 14 minutos, o jogo também terminou com 2-2 no marcador do Olímpia. Os Vermelhos contaram com o antigo internacional sueco Roland Nilsson, mas o defesa não evitou que a sua equipa permitisse dois golos, depois de ter marcado primeiro. John Crawford apontou um golo em cada parte, com Mohamed Ali a apontar o primeiro dos azuis, que estabeleceram o resultado final através de Yakubu Alfa - alinha no Helsingborgs IF.
"Uma grande ajuda"
Alexis Arzimanoglou, da ILAE, afirmou que estes jogos, que resultaram de muitos meses de colaboração entre a sua organização, a UEFA e o Gabinete Internacional Para a Epilepsia, foi uma oportunidade única para desmistificar o problema. "Considero que a organização destes jogos de exibição antes das meias-finais do Europeu de Sub-21 serve para mostrar que muitos destes pacientes epilépticos podem ter uma vida como qualquer outra pessoa, que apesar da epilepsia podem fazer inúmeras coisas. É por isso que esta exibição é uma grande ajuda para a comunidade da epilepsia".
Inclusão, não exclusão
Na sequência do bem-sucedido programa de responsabilidade social do UEFA EURO 2008™, este evento surge em conjugação com o dia de sensibilização da epilepsia da ILAE, que no ano passado foi organizado em cooperação com a Liga francesa. Desta vez, a ideia foi organizar um evento europeu que contasse com jogadores talentosos sugeridos pelas respectivas delegações nacionais da ILAE, com o apoio de jogadores profissionais. "O público não sabe o que é epilepsia, o que geralmente leva à exclusão dos pacientes, que sofrem mais com a exclusão do que com a própria doença", continuou Arzimanoglou.
Reconhecimento importante
"O mais importante para estes jogadores é verem que estão a participar num evento internacional, que estão aqui por terem talento, por jogarem bem futebol. Caso contrário, não teriam sido escolhidos. Neste evento também têm oportunidade de contribuir para a causa da sua própria doença, porque podem ir ao estádio, mostrar aquilo que são capazes, conversar com as pessoas sobre o que está a acontecer, e isso é útil para todos. Quero aproveitar esta oportunidade para agradecer à UEFA todo o apoio que tem dado a este evento".