O dia perfeito da Noruega
segunda-feira, 13 de junho de 2005
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As companheiras de quarto, Ingvild Stensland e Lise Klaveness, foram decisivas na vitória ante a Itália, que deu o passaporte para as meias-finais.
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Por Paul Saffer, em Preston
Ingvild Stensland e Lise Klaveness, companheiras de quarto no hotel onde está sediada a selecção da Noruega, estiveram em destaque no passado domingo.
Dia perfeito
A sua equipa entrou para o seu último jogo do Grupo B, frente à Itália, com menos três pontos do que a França, pelo que as norueguesas precisavam, não só de bater as transalpinas, mas, também, que a Alemanha derrotasse as gaulesas. Tudo começou a correr bem quando Klaveness, na primeira vez que jogou de início, fez o 1-0 para a Noruega, logo aos seis minutos de jogo.
Dupla decisiva
Por volta dos 70 minutos, em Preston, a Noruega ganhava por 5-3, tendo Klaveness voltado a marcar e a "playmaker" Stensland sido decisiva, ao criar três golos. Depois, soube-se que, em Warrington, a Alemanha já batia a França, pelo que, em breve, a Noruega poderia festejar a sua passagem às meias-finais, graças à diferença de golos.
Manter a concentração
Klaveness disse ao uefa.com: "Foi fantástico. Não sabíamos o que se estava a passar no outro jogo. Falámos que não queríamos saber o resultado do outro jogo para nos concentrarmos apenas no nosso encontro, pelo que só soube quando terminou. Nem sequer reparei nos festejos dos adeptos, pois pensei que estavam a festejar a nossa vitória".
"Jogo difícil"
Stensland, escolhida como a melhor em campo, acrescentou: "Foi um jogo difícil, pois também não sabíamos o que se passava no outro jogo. Contudo, marcámos cinco golos e conseguimos o nosso objectivo, pelo que estou muito feliz". O grande jogo que ela fez foi muito importante, referiu Klaveness, actualmente com 24 anos.
Grande contribuição
"Os passes da minha colega de quarto foram muito bons. Marcámos três golos com assistências dela", afirmou a avançada, falando, depois, do seu jogo. "É claro que foi muito bom marcar cedo. O objectivo foi chegar às meias-finais, mas é sempre bom sermos nós próprias a contribuir para tal. Foi um jogo estranho. Tivemos de lutar muito, pois a Itália fez-nos a vida difícil. Sofremos três golos, o que não foi bom, mas o que importa isso agora?"
Muito trabalho
Humildemente, Stensland reconheceu: "Trabalhei muito, juntamente com o resto da equipa, que também deu tudo, pelo que estou contente com o que fiz. Tivemos muitas oportunidades frente à Alemanha e à França, mas hoje concretizamos as que surgiram, o que nos deixa satisfeitas. A Itália foi muito perigosa, foi uma equipa muito complicada de defrontar, que tem muito boas avançadas, mas, no fim, marcámos cinco golos e vencemos".
Nervosismo
Felizmente para as nórdicas, a Alemanha fez o seu trabalho, o que colocou um ponto final na ansiedade que reinou em Preston nos últimos dias. "Havia algum nervosismo no ar e, falando por mim, estava um pouco pessimista", disse Klaveness. "A Alemanha precisava apenas dum empate, mas ganhou por 3-0, resultado da sua grande qualidade. Quero agradecer-lhes por terem dado tudo".
Velhos rivais
Em Warrington, na quinta-feira, segue-se a Suécia. A Noruega sabia que, se seguisse em frente, jogaria com o vencedor do Grupo A, tudo levando a crer que seria com a Dinamarca, que, contra todas as previsões, foi derrotada pela Finlândia, no sábado. "A Suécia era a equipa que queríamos defrontar, pelo que estamos satisfeitas por jogar contra elas", disse Klaveness. "Estou surpreendida por ver a Finlândia seguir em frente, pelo que só me resta dar-lhes os parabéns".
"Podemos batê-las"
Assim, seguem-se os finalistas de 2001 e, para Stensland, de 23 anos, a Noruega pode chegar à sua primeira final desde 1993, altura em que derrotou a Itália, por 1-0. "A Suécia é uma equipa difícil", disse, "mas podemos batê-las".