Nordby eleva a fasquia
terça-feira, 14 de junho de 2005
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A guardiã da Noruega, Bente Nordby, está satisfeita com a chegada às meias-finais, mas o facto de ter sofrido três golos ante a Itália "não foi bom".
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Por Paul Saffer, em Preston
Apesar de haver treinadores que preferem ganhar por 1-0 do que por 5-3, existe, numa equipa, alguém que é sempre apologista do resultado menos expressivo.
Dilema
Não há nenhum guarda-redes que fique satisfeito por sofrer três golos, mesmo tendo a sua equipa marcado cinco e seguido em frente, em circunstâncias dramáticas, até às meias-finais do Campeonato da Europa.
"Não foi bom"
A experimentada guardiã norueguesa, Bente Nordby, esteve nesta situação frente à Itália, no passado sábado, conforme disse ao uefa.com: "Foi excelente para a equipa ter marcado cinco golos. Mas sofrermos três não foi bom. Sabíamos que a Itália iria atacar muito, foram todos grandes golos, mas não foi bom para a equipa sofrer três tentos".
Carreira notável
Chegar às fases decisivas das grandes competições não é nada de novo para Nordby. Ela fez parte da selecção que se sagrou campeã da Europa em 1993, campeã do Mundo em 1995 e arrecadou o ouro olímpico em 2000. O jogo frente à Itália foi o seu 145º com a camisola do seu país, com o primeiro deles, em 1991, contra os Estados Unidos, a ser relembrado por não ter sofrido golos da formação que, três meses depois, se sagraria campeã do Mundo.
Satisfação pela equipa
Nordby está satisfeita com o rendimento da equipa. "É uma grande sensação e é muito bom estarmos na meia-final", afirmou. "Os três jogos da fase de grupos serviram para ver até onde podíamos chegar. Felizmente, seguimos em frente. Vamos ver agora como as coisas correm".
Ajuda alemã
A Noruega, para seguir em frente, precisava, não só de bater a Itália, mas, também, que a Alemanha ganhasse à França. Três golos nos últimos vinte minutos fizeram o 3-0 para as detentoras do título. "Nos últimos dez minutos, já sabia que a Alemanha estava a ganhar", afirmou. "Mas tal facto não nos podia quebrar a concentração e o nosso treinador insistia para que não sofrêssemos golos. Foi muito bom saber que o resultado do outro jogo estava em 2-0 e, depois, em 3-0".
Transição
Chegar a esta fase da competição é um bom sinal, pois a Noruega atravessa uma grande transição desde a equipa que ganhou o ouro nos Jogos Olímpicos de 2000. Nordby confirmou: "É difícil comparar porque, em 1995 e 2000, tínhamos equipas muito fortes. A nossa selecção de agora também é forte, mas alguns grandes valores desses tempos fazem sempre falta".
Segue-se a Suécia
A Noruega vai agora lutar com as velhas rivais da Suécia, em Warrington, na quinta-feira, por um lugar na final. Nordby, que vai fazer o seu 11º jogo com as suecas, afirma que a sua equipa terá de estar no seu melhor para essa partida. "A Suécia é uma boa equipa, pelo que temos de estar preparadas para o que aí vem. Agora, estamos a descansar um pouco", afirmou. "Na segunda-feira, fomos às compras e estivemos com as nossas famílias. Descansámos um pouco para, depois, acelerarmos a preparação do jogo com a Suécia. Elas são muito fortes no ataque e na defesa, mas esperamos ter capacidade de batê-las".
Regresso a Warrington
Enquanto a Suécia nunca jogou no estádio Halliwell Jones no torneio, a Noruega efectuou lá os seus dois primeiros encontros, tendo perdido, por 1-0, com a Alemanha e empatado a uma bola com a França. Nordby ficou popular junto dos adeptos em Warrington e será com agrado que regressará. "Foi muito bom tudo o que lá se passou e espero que as pessoas nos apoiem frente à Suécia", disse. "Estamos ansiosas por esse jogo".