A esperança de Hope Powell

Por Pete Sanderson, em Preston

Com o pontapé de saída para o UEFA WOMEN'S EURO 2005™ a apenas um dia de distância, a treinadora de Inglaterra, Hope Powell, defendeu que a sua equipa não está a sentir a habtual pressão de actuar em casa, isto apesar da grande expectativa que varre a nação antes do jogo de abertura frente à Finlândia.

Vantagem de jogar em casa
Já foram vendidos mais de 22,000 bilhetes para o jogo de abertura de Inglaterra, um recorde de assistências para um jogo internacional de futebol feminino na Europa. Com a esmagadora maioria dos ingressos vendidos a adeptos ingleses, muitos acreditam que as anfitriãs possuem uma grande vantagem sobre as rivais. Contudo, no momento em que começa a guerra de palavras com a primeira conferência de imprensa do Grupo A, realizada este sábado, as adjuntas de Powell admitiram que as jogadoras inglesas poderão sucumbir sob o peso da expectativa.

Equipa tranquila
Porém, Powell, no seu sétimo ano à frente da turma inglesa, refutou a ideia que a sua equipa estava a sentir a pressão, afirmando que as suas comandadas estão "incrivelmente tranquilas", quando se aproxima a partida de abertura da competição. "A pressão é algo que temos de levar em conta", disse ao uefa.com. "De momento estamos muito calmas e trabalhámos muito antes do jogo que será, provavelmente, o mais importante das nossas vidas".

Muita confiança
"Neste momento, parece óbvio que actuar perante uma potencial assistência de 25,000 pessoas é um cenário novo para as jogadoras. Contudo, estamos muito confiantes que vamos conseguir controlar a pressão e alcançar um bom resultado no domingo". A anterior maior assistência num jogo oficial em Inglaterra foi de 14,107 espectadores, em Selhurst Park, para o encontro da fase de qualificação para o Campeonato do Mundo de Futebol Feminino, frente à Alemanha, em Maio de 2002.

A febre do EURO
Todavia, a febre em torno do EURO 2005™ varreu toda a Inglaterra nas últimas semanas, com as caras das atletas da equipa britânica a aparecerem em todos os jornais, televisões e anúncios do noroeste do país - algo que teve um grande impacto na venda de bilhetes. Powell acredita que este facto não só beneficia a Inglaterra como também será positivo para a modalidade a longo prazo.

Aprendizagem constante
"Toda a gente quer que o futebol feminino evolua e este torneio sem dúvida que vai ajudar nesse aspecto", adiantou Powell. "Estamos também a aprender com outros países em termos de formação de jogadoras. Aprendemos imenso com a Suécia e a Alemanha, sendo que uma das principais preocupações destes países tem a ver com a condição física. É algo que também adoptámos. Neste momento, as jogadoras têm de estar mais preparadas para poderem competir com equipas como os EUA, Suécia e Alemanha. Aprendendo umas com as outras, fizemos a modalidade progredir".