Super-Maniche
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2005
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Maniche foi eleito pelos utilizadores do uefa.com como um dos melhores jogadores de 2004.
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Por Nuno Tavares
Após um ano fenomenal, durante o qual conquistou a SuperLiga, a UEFA Champions League, a Taça Intercontinental e atingiu a final do UEFA EURO 2004™ com a camisola de Portugal, o médio do FC Porto, Maniche, entrou em 2005 da melhor forma ao ser eleito pelos utilizadores do uefa.com para integrar a Melhor Equipa de 2004.
Merecida recompensa
O internacional português foi um dos grandes impulsionadores da meteórica ascensão do FC Porto ao topo do futebol europeu. Na sequência das impressionantes performances protagonizadas nas duas últimas temporadas, Maniche viu finalmente todo o seu talento ser recompensado com a nomeação para o 'onze' do uefa.com.
'Época mais que perfeita'
"Sinto-me honrado e feliz por ter sido escolhido para integrar a Equipa de 2004 do uefa.com.", afirmou o jogador ao uefa.com. "É um grande privilégio fazer parte de uma equipa com tantos jogadores de classe mundial. A última temporada foi mais que perfeita. Não só venci tudo a nível de clubes, como também ajudei Portugal a alcançar a final do Campeonato da Europa de 2004, o que foi extraordinário", salientou a estrela da equipa portista.
Fase diferente
Depois de duas épocas de notáveis êxitos sob a orientação de José Mourinho - o primeiro grande sucesso na Europa foi a conquista da Taça UEFA na temporada de 2002/03 -, o FC Porto tem percorrido um caminho sinuoso esta época. O clube azul-e-branco demitiu os treinadores Luigi Del Neri e Víctor Fernández, na sequência das exibições pouco regulares da equipa, cuja característica mais marcante era, precisamente, a consistência.
Novos métodos
José Couceiro, que orientava o Vitória de Setúbal, é o terceiro treinador da época do actual campeão da Europa e Maniche acredita que se trata do homem certo para recolocar o FC Porto na senda dos êxitos. "Precisamos de recuperar o nosso espírito de equipa, o qual parece ter-se perdido desde o começo da pré-época. Temos de ser mais unidos no terreno de jogo, porque essa é a chave do sucesso. O clube contratou um novo treinador e nós ainda estamos a adaptar-nos aos seus métodos e filosofia de trabalho, mas acredito que vamos voltar a jogar ao nosso melhor nível muito brevemente. Esperem para ver", referiu o médio.
Importante papel
Face às saídas de Paulo Ferreira, Ricardo Carvalho, Deco e, mais recentemente, Derlei, todos eles jogadores fulcrais na manobra do FC Porto nas últimas duas temporadas, Maniche reconhece que o seu papel na equipa tornou-se ainda mais importante. "Estou bem ciente de que as saída de vários jogadores-chave significa que as minhas responsabilidades aumentaram. Contudo, não acredito que apenas um jogador consiga fazer a diferença. É o grupo no seu todo que realmente conta", sublinhou.
Ainda muito motivado
São muitos aqueles que acusam os jogadores do FC Porto de não demonstrarem esta temporada a mesma vontade de vencer que esteve na base das assinaláveis conquistas da equipa nos últimos dois anos, mas Maniche discorda em absoluto. "Sempre que falho um passe, algumas pessoas dizem que quero deixar o clube e que perdi a minha motivação. Eu apenas tenho uma pergunta para quem me critica: Quem é que não gostaria de jogar no actual campeão europeu?"
Agradecido ao clube
Maniche prosseguiu o seu raciocínio: "Eu tive de trabalhar muito durante toda a minha carreira. Houve uma altura em que cheguei a ponderar a hipótese de abandonar o futebol e não posso esquecer que foi o FC Porto que me recuperou como jogador. É uma honra para mim envergar a camisola do FC Porto. Há sempre espaço para melhorarmos e é esse precisamente o meu objectivo: ir mais além para manter o FC Porto na rota dos êxitos".
Sem receio
Apesar da campanha algo atribulada que tem protagonizado, o FC Porto lidera a SuperLiga e, no dia 23 de Fevereiro, vai medir forças com o FC Internazionale Milano nos oitavos-de-final da Liga dos Campeões. Maniche está ansioso pelo duelo com o conjunto italiano, actual quarto classificado da Série A. "Tudo é possível. O Inter tem uma grande equipa, mas nós não tememos ninguém. O desfecho da eliminatória é imprevisível".
Guerreiro
Todavia, com Maniche a dinamizar o ataque através da sua grande mobilidade, uma coisa é certa: o FC Porto não se deixará abater sem oferecer uma luta titânica.