Chelsea mais isolado
terça-feira, 4 de janeiro de 2005
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Premiership: Didier Drogba bisou frente ao Middlesbrough e deixou o Chelsea com sete pontos de vantagem sobre o Arsenal, que empatou em casa.
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Por Andrew Haslam, em Stamford Bridge
Didier Drogba marcou por duas vezes no espaço de três minutos, ainda no primeiro tempo, assegurando uma confortável vitória do líder da Premiership, Chelsea FC, sobre o Middlesbrough FC, por 2-0. O resultado permite à equipa dirigida por José Mourinho aumentar a vantagem sobre os mais próximos perseguidores para sete e onze pontos, uma vez que Arsenal FC e Manchester United FC empataram em casa.
Exibição de grande qualidade
O dianteiro da Costa do Marfim marcou aos 15 e 17 minutos, assegurando mais um triunfo para os londrinos, que fizeram mais uma grande exibição. Após a vitória por 1-0 sobre o Liverpool dirigida por Rafael Benítez, o Chelsea apresentou-se pleno de confiança perante o seu público. Ainda antes do primeiro golo, Drogba (em duas ocasiões) e Arjen Robben obrigaram o guardião visitante, Mark Schwarzer, a três boas intervenções.
Drogba decide a partida
Os "blues" inauguraram o marcador à passagem do quarto de hora, com Drogba a surgir isolado perante o guardião australiano do 'Boro' e a facturar com facilidade, na sequência de uma combinação a meio-campo entre Robben e Lampard, concluída com um passe do médio inglês para o dianteiro marfinense. Dois minutos depois, Lampard, de livre, colocou a bola na cabeça de Drogba, que não perdoou. Perdulários revelaram-se, ainda antes do intervalo, Robben, Duff, Lampard e Paulo Ferreira, o único dos três internacionais portugueses do plantel principal dos londrinos a ser escalado por Mourinho.
Duff remata à barra
O Chelsea podia ter aumentado a vantagem no segundo tempo em várias ocasiões, tendo a mais flagrante se verificado quando o extremo Damien Duff enviou a bola à barra. Antes e depois do disparo do irlandês, Joe Cole, chamado à titularidade, também esteve perto de marcar, mas só mesmo Drogba teve engenho para bater Schwarzer.
Wright-Phillips trava Arsenal
O Arsenal, campeão em título, vencera os três jogos anteriores que se seguiram ao Natal. Todavia, no jogo de Highbury, foi o Manchester City FC que se adiantou, aos 31 minutos, graças a um remate de longa distância de Shaun Wright-Phillips, filho de um dos mais prolíficos dianteiros dos 'gunners', Ian Wright. A equipa de Arsène Wenger só a quinze minutos do final chegou ao empate, através de um tento do sueco Fredrik Ljungberg.
Nulo em Old Trafford
Por seu turno, o Manchester United ficou a 11 pontos do Chelsea, após ter sido travado em casa pelo Tottenham Hotspur FC, que deixou Old Trafford com um empate a zero, terminando com uma série de sete vitórias consecutivas (contando todas as competições) da equipa dirigida pela dupla Sir Alex Ferguson-Carlos Queiroz, que voltou a dar a titularidade a Cristiano Ronaldo. Os londrinos, que tiveram em Pedro Mendes uma das figuras em evidência pela luta a meio-campo, podiam ter levado os três pontos para casa, através de um chapéu efectuado pelo internacional português que o guardião norte-irlandês dos 'red devils', Roy Carroll, deixou escapar.
Bolton triunfa nos descontos
Também não faltou emoção nos derradeiros minutos da partida disputada no Reebok Stadium, com Kevin Nolan a dar a vitória aos anfitriões Bolton Wanderers FC sobre o Birmingham City FC, por 2-1, três minutos decorridos no período de compensações. O dianteiro senegalês El Hadji Diouf adiantara a equipa de Sam Allardyce no marcador, aos 17 minutos, mas o defesa Matthew Upson conseguira o empate para o Birmingham já no segundo tempo.
Everton vence no final...
A ronda, que se conclui quarta-feira com a recepção do Southampton FC (agora dirigido por Harry Redknapp, que, entretanto, contratou o filho Jamie ao Tottenham) ao Fulham FC, onde evolui Luís Boa Morte, registou ainda o triunfo do quarto classificado, Everton FC, sobre o Portsmouth FC, por 2-1, graças a um golo nos instantes finais de Leon Osman. Alan Stubbs, aos 29 minutos, adiantara o Everton no marcador, mas Yakubu Ayegbeni empatara dois minutos volvidos.
... e assegura James Beattie
O sucesso dos "toffees" perante o Portsmouth foi antecipado durante a manhã pela confirmação da transferência de James Beattie, pelo qual o Everton pagou 8.5 milhões de euros ao Southampton FC, naquela que foi a aquisição mais cara na história do centenário clube de Goodison Park. O jogador, de 26 anos, rubricou, após ter completado os habituais testes médicos, um contrato válido para as próximas quatro temporadas e meia com o Everton, clube que levou, deste modo, a melhor sobre o Aston Villa FC, que também vira uma sua proposta aceite pelo Southampton.
Informação adicional de Paul Saffer