Reunião do grupo de trabalho sobre manipulação de resultados
segunda-feira, 26 de outubro de 2015
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O grupo de trabalho da UEFA sobre a manipulação de resultados reforçouo apelo em torno da inclusão desanções penaiscontra a fraude desportivanalegislaçãopan-europeia.
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O grupo de trabalho da UEFA sobre manipulação de resultados reuniu recentemente no Porto e reforçou o apelo à inclusão de sanções penais contra a fraude desportiva na legislação pan-europeia.
Os dirigentes de integridade da UEFA reuniram-se em Portugal com os Procuradores da República e da FPF, polícia, agentes de prevenção da criminalidade e especialistas em apostas e jogos de azar de vários países europeus. O objectivo do grupo de trabalho é o desenvolvimento de uma estrutura e de uma estratégia na luta contra a manipulação de resultados.
Os presentes no encontro concordaram ser essencial alertar o público para a gravidade da manipulação dos resultados e para o facto de o crime organizado estar envolvido. A Europol, agência policial da União Europeia, explicou ter descortinado ligações em várias das suas investigações sobre o crime organizado. Todos os participantes concordaram que, embora existam projectos-lei em vários países, ainda há muito a fazer para estabelecer um quadro jurídico compatível em toda a Europa.
Foram discutidas as actividades de integridade propostas para o UEFA EURO 2016, em França. Estas incluem um programa abrangente de formação envolvendo todos os parceiros principais, a implementação de um grupo de trabalho durante a competição e o acompanhamento dos jogos, incluindo amigáveis, na preparação para o torneio.
Os participantes ouviram uma análise positiva do sistema de detecção de fraude de apostas da UEFA, que, a cada temporada, monitoriza mais de 30.000 partidas por toda a Europa. O professor David Forrest, da Universidade de Liverpool, congratulou-se com a eficiência do sistema, que, segundo ele, tem demonstrado a sua utilidade ao detectar uma série de situações potenciais de manipulação de resultados.
Na reunião foi divulgado que 19 países tinham, até à data, assinado já a convenção do Conselho da Europa contra a manipulação de resultados desportivos e que mais dois ratificaram o documento. O grupo de trabalho apoiou a ideia de plataformas nacionais como uma maneira nova e promissora de cooperação e troca de informações entre as partes interessadas entre países. Ao mesmo tempo, o grupo concordou que as investigações teriam de permanecer confidenciais até à sua conclusão.