O UEFA.com funciona melhor noutros browsers
Para a melhor experiência possível recomendamos a utilização do Chrome, Firefox ou Microsoft Edge.

Proibição de propriedade tripartida de jogadores

Comité Executivo

O Comité Executivo da UEFA adoptou uma postura firme sobre a propriedade de passes de jogadores por terceiros na reunião de Lausana e proibiu-a por uma questão de princípio.

O Comité Executivo da UEFA decidiu que a propriedade de passes de jogadores de futebol por parte de terceiros deve ser proibida
O Comité Executivo da UEFA decidiu que a propriedade de passes de jogadores de futebol por parte de terceiros deve ser proibida ©UEFA

O Comité Executivo da UEFA adoptou uma postura inequívoca sobre a propriedade de passes de jogadores de futebol por parte de terceiros – nomeadamente, que deve ser proibida por uma questão de princípio. O comité anunciou a sua decisão na reunião da semana passada, em Lausana.

Como resultado da decisão do Comité Executivo, vai ser pedido à FIFA, órgão gestor do futebol mundial, que emita regulamentos mundiais que proíbam a propriedade de passes de jogadores de futebol por parte de terceiros, pois é visto, em particular, como algo que pode distorcer a integridade das competições e leva a que dinheiro seja retirado da modalidade por partes que investem em jogadores e que beneficiam das transferências dos mesmos.

A UEFA também anunciou, após a reunião em Lausana que o órgão gestor do futebol europeu, através do seu Conselho Estratégico para o Futebol Profissional (PFSC), também estará pronto para implementar os seus próprios regulamentos que permitam banir esquemas de propriedade de terceiros nas competições da UEFA, caso a FIFA não tome as medidas apropriadas. Nesse caso, deve-se aplicar um período transitório de três a quatro épocas.

"Este tópico foi discutido ao pormenor dentro do Conselho Estratégico para o Futebol Profissional [que engloba a UEFA e os clubes europeus, as Ligas profissionais e a Divisão Europa da FIFPro, sindicato dos jogadores profissionais]", disse o Secretário-Geral da UEFA, Gianni Infantino. "Este órgão emitiu uma recomendação para que a propriedade de passes de jogadores de futebol por parte de terceiros seja proibida, e o Comité Executivo aprovou esta recomendação."

"A FIFA faz parte do Conselho Estratégico para o Futebol Profissional, e participou na reunião em questão. Temos mantido conversas conjuntas sobre o assunto e o Comité de Futebol da FIFA, liderado pelo Presidente da UEFA, Michel Platini, também expressou o seu desejo em que a propriedade de passes de jogadores de futebol por parte de terceiros seja proibida."

"Dito isto, se a FIFA mudar de opinião, então a UEFA pode, como é óbvio, implementar regulamentos em relação às suas próprias competições – tal como em Inglaterra e França, onde a propriedade de passes de jogadores de futebol por parte de terceiros é proibida nas competições. No que às provas da UEFA diz respeito, isto também está ao alcance da UEFA."

Michel Platini expressou opiniões firmes sobre o assunto após a reunião de Lausana. "Não creio que seja muito bom se jogadores de várias equipas pertenceram a uma empresa financeira ou pessoas", disse. "Penso que, eticamente, moralmente, não é bom. Pensámos nisso e pedimos à FIFA para tratar do assunto."

Infantino disse que ninguém deve ficar surpreendido com a postura do Comité Executivo da UEFA. "Esta não é uma decisão que surgiu do nada", reflectiu. "Isto já vinha sendo discutido desde Maio, altura em que o assunto foi apresentado pela primeira vez no Conselho Estratégico.

"Todos sabemos que a propriedade de passes de jogadores de futebol por parte de terceiros traz ameaças e existem muitos assuntos ligados a isso, em termos de integridade de competições, regulamentos de 'fair play' financeiro e outras coisas. É realmente chegada a altura de adoptar uma postura firme – no entanto, de uma forma razoável, com um período transitório para que os clubes possam lidar com isso. A UEFA procura colocar em prática o enquadramento regulamentar necessário para proteger os clubes e impedir o risco de falirem. O objectivo é proteger os clubes a longo-prazo."

"Significa simplesmente que os clubes precisam de assumir este assunto e não o deixar entregue a outras partes envolvidas", enfatizou o Secretário-Geral da UEFA. "E os jogadores precisam de ter o seu futuro nas suas próprias mãos, em vez de entregue a pessoas cujo modelo de negócio é realizar tantas transferências de um jogador quanto possível, para averbar o máximo de dinheiro – dinheiro que é retirado ao futebol e aos clubes."