Rússia derruba Sérvia e está na final
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016
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Sérvia 2-3 Rússia (após prolongamento)
A selecção russa teve de sofrer muito para bater a anfitriã da prova, mas apurou-se para a sua terceira final consecutiva da prova.
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- Rússia apura-se para a sua terceira final consecutiva, após derrotar a Sérvia no prolongamento
- Anfitrões recuperam de duas desvantagens, mas não resistem ao golo de Romulo
- Eder Lima é expulso e falha o jogo da final
- Veja o resumo do jogo a partir das 23h00
- Sábado: "Play-off" do terceiro lugar (17h30), Final (20h00)
A Rússia selou o apuramento para a sua terceira final consecutiva do UEFA Futsal EURO, ao bater a anfitriã Sérvia, por 3-2, após prolongamento., num emocionante encontro disputado numa lotada Arena Belgrade.
Embalada, mais uma vez, pelos seus fervorosos adeptos, a Sérvia tentou entrar de forma determinada na partida, mas cedo se viu sob uma enorme pressão russa. O domínio da formação de Sergei Skorovich não abrandava, pelo que o tento inaugural de Eder Lima, a concluir uma excelente recuperação de bola por parte de Daniil Davydov, não foi surpresa para ninguém. Os anfitriões reagiram muito bem e tiveram oportunidades para restabelecer a igualdade antes do intervalo.
O arranque da segunda parte ficou marcado pela lesão do guarda-redes russo Gustavo, que teve de ceder o seu lugar a Sergei Vikulov, que ainda não tinha sido utilizado na prova. A Sérvia pressentiu a oportunidade e fez o 1-1 quase logo de seguida, com Mladen Kocić a assinar o seu quinto golo na competição. Já com Gustavo de novo na baliza, a Rússia voltou a ganhar vantagem graças à inspiração de Sergei Abramov, que passou a bola por cima de um adversário antes de rematar ao ângulo.
Os russos pareciam ter o jogo controlado, mas Eder Lima viu o segundo cartão amarelo e consequente vermelho, deixando a sua equipa em inferioridade numérica. A Sérvia não desperdiçou a ocasião, com Marko Perić e Miloš Simić a repetirem a combinação dos quartos-de-final e a forçarem um prolongamento. Aí chegados, um lance estudado de bola parada permitiu a Romulo vestir a pela de herói.
A chave
A rapidez de planeamento e execução numa bola parada que valeu à Rússia o golo da vitória. A sua experiência em grandes palcos e nas grandes decisões, perante ambientes adversos e adquirida ao longo de vários anos, acabou por fazer a diferença.
À terceira é de vez?
Apesar de ainda não se ter apresentado ao seu melhor nível, a Rússia logrou chegar novamente ao jogo decisivo, tendo como objectivo repetir o feito de 1999, quando se sagrou campeã em casa. No entanto, perder Eder Lima na precisa altura em que estava se estava a encontrar com os golos representa um rude golpe.
Fantástico feito da Sérvia
Um jogo para decidir o terceiro classificado não será certamente aquilo que a Sérvia pretendia, mas a sua empolgante e talentosa equipa merece apresentar-se novamente perante os seus adeptos, adeptos esses que têm estabelecido novos recordes de assistência ao longo deste torneio.
Marko Perić, capitão da Sérvia:
É realmente algo de brilhante jogar defronte desta multidão e contra uma das melhores equipas do Mundo. É claro que temos a lamentar o resultado final, embora tenha de dar os parabéns aos meus companheiros por terem dado tudo e pela motivação que apresentaram. É extenuante jogar contra a Rússia ao mesmo nível durante 50 minutos. Agora temos de esquecer esta partida e preparar-nos muito bem para o encontro do terceiro lugar. Seria fantástico se conseguíssemos terminar este torneio com a medalha de bronze.
Romulo, autor do golo da vitória da Rússia
Estou muito, muito feliz por ter marcado o golo da vitória e por ter ajudado a Rússia a atingir a sua terceira final seguida, ainda para mais tendo em conta que é a primeira vez que estou a disputar este torneio. É um momento de grande emoção para mim. Foi um jogo muito difícil porque não defrontámos apenas uma excelente equipa da casa, mas também quase 12,000 adeptos. Penso que jogámos muito bem hoje. Cometemos alguns erros, mas isso é algo que poderemos corrigir para a final. É muito complicado bater um adversário que tem um público como este a apoiá-lo. Esse tipo de apoio faz com que os jogadores sintam ainda mais coragem e que consigam jogar para além dos seus limites. É uma pena que o Eder Lima não possa jogar na final, até porque é o nosso goleador, mas estou certo que outros jogadores vão suprir a sua ausência. Não importa contra quem jogamos na final. O que importa é ganhá-la.