Portugal cumpre missão, Ucrânia num vazio
segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014
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"Pragmática" foi a palavra que o seleccionador de Portugal, Jorge Braz, usou para resumir a vitória nos quartos-de-final, por 2-1, ante a Ucrânia. Ricardinho exultou, mas Yevgen Ryvkin ficou "vazio".
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Jorge Braz, seleccionador de Portugal
Sinto uma satisfação e um orgulho enormes por esta equipa estar entre as quatro melhores da Europa. Isto envolve muito trabalho e muito sacrifício. Temos sido uma equipa pragmática, uma equipa à medida de um Europeu. Definimos uma meta e ultrapassámo-la.
É verdade que vacilámos um pouco na primeria parte e a qualidade do nosso jogo nem sempre foi a mais indicada, mas compensámos isso com uma mentalidade impressionante. Percebemos que na segunda parte tínhamos de ter mais qualidade e aumentámos ainda mais os nossos níveis de intensidade no jogo. Quando assim é normalmente conseguimos prevalecer.
Olhando para os 40 minutos, penso que merecemos estar nas meias-finais. Como já tinha dito anteriormente, estou apenas preocupado com a minha equipa e não estou particularmente interessado em saber se vamos defrontar a Itália ou a Croácia.
Ricardinho, avançado de Portugal
Antes mais importa dizer: objectivo cumprido. Começámos por querer passar a fase de grupos e esse objectivo foi conseguido. Agora não queríamos ficar pelos quartos-de-final e isso também foi atingido.
Quanto ao jogo, sabíamos que ia ser dificil, mas as equipas de Leste são mesmo assim: são frias, lutam e suam até ao final, mas felizmente Portugal também fez uma grande partida. Fomos solidários, apesar de na primeira parte isso não ter acontecido sempre, porque estávamos a jogar muito longe uns dos outros. Na segunda parte corrigimos aquilo que estava mal e felizmente conseguimos, mais uma vez, dar uma vitória a estes magníficos adeptos que nunca deixaram de nos apoiar.
Quando se chega a este fase não se pode propriamente escolher o adversário, por isso não interessa se vamos medir forças com a Itália ou a Croácia. Vamos jogar para ganhar e isso é que é importante.
Pedro Cary, defesa de Portugal
Foi tão difícil como estávamos à espera. Tínhamos de respeitar uma selecção da Ucrânia que tem um jogo muito complicado de defrontar. O jogo deles pode até não agradar a muitas pessoas, mas a verdade é que é muito eficaz e difícil de contrariar. Não foi um jogo bonito, mas sim um em que as duas equipas se respeitaram bastante.
O Cardinal é um finalizador nato e acabou por decidir o encontro, mas todos os jogadores estão de parabéns porque deram tudo aquilo que tinham dentro de campo. Talvez ainda nos falte transportar para os jogos toda a qualidade que evidenciamos nos treinos, mas estou certo que isso vai acontecer no momento certo, a começar pelas meias-finais.
Yevgen Ryvkin, seleccionador da Ucrânia
O sentimento é de total vazio. Infelizmente vamos para casa. Portugal tem jogadores de topo ao seu dispor e foi muito complicado defrontá-los, mas ainda assim tentámos competir contra eles e por vezes conseguimos impor o nosso jogo. Também gostaria de agradecer aos jogadores da Ucrânia. Parabéns. Eles deram o seu melhor. Podem ir para casa com as suas cabeças bem erguidas.
Denys Ovsyannikov, avançado da Ucrânia
As emoções seriam bem mais positivas se nós, e eu em particular, tivéssemos marcado mais um golo e, pelo menos, chegado ao empate. No entanto, visto que perdemos o encontro, não há espaço para qualquer sentimento positivo, apenas negativos. A capacidade individual decidiu o encontro desta noite, especialmente a de Cardinal. Eles não foram superiores a nós, apenas perdemos na qualidade individual. Contudo, devo dizer que este foi o nosso melhor jogo no torneio.