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Kike recorda memórias da Espanha no EURO

Cinco vezes vencedor do UEFA Futsal EURO, Kike recorda a carreira repleta de troféus ao serviço da Espanha e garante: "O futsal já não é um desporto do futuro, mas sim do presente."

Kike entrevistado no sorteio do "play-off" com o troféu que ergueu pela última vez em 2012
Kike entrevistado no sorteio do "play-off" com o troféu que ergueu pela última vez em 2012 ©Getty Images

Kike conduziu o sorteio do "play-off" do UEFA Futsal EURO 2014, esta semana mas, pela primeira vez em 15 anos, isso vai ser o mais perto que estará de participar no evento.

O defesa do Murcia FS renunciou à selecção no ano passado, após a épica derrota da Espanha frente ao Brasil na final do Campeonato do Mundo de 2012. Tinha ajudado o conjunto espanhol a erguer esse troféu em 2000 e 2004, antes da derrota nos penalties, frente ao Brasil, no jogo decisivo de 2008. O seu registo no Campeonato da Europa de Futsal é ainda mais impressionante – vitórias em 2001, 2005, 2007, 2010 e 2012, sendo que a única mácula nesse capítulo particular aconteceu em 2003, ao ser eliminado nas meias-finais, perante a anfitriã Itália. De facto, apenas o guarda-redes Luis Amado somou mais jogos no EURO Futsal – ou ganhou tantos títulos – e no sorteio em Nyon, Kike, de 35 anos, recordou a sua carreira.

UEFA.com: Como é que o torneio mudou desde 2001?

Kike: Em 2001 eu era muito jovem. Existem muitas diferenças do ponto de vista desportivo. O jogo em si evoluiu bastante, a nível técnico, táctico e físico, mas creio que a maior diferença entre 2001 e 2013 reside ao nível organizativo e de uma perspectiva profissional. A evolução tem sido enorme.

Creio que o futsal já não é um desporto de futuro, mas sim do presente – já não procura o seu espaço no panorama desportivo, já que toda a gente compreende que se tornou num desporto importante, e isso deriva da estrutura que foi criada. Obviamente a UEFA ajudou a desenvolvê-lo, e eu tive a sorte de viver isso e sinto-me privilegiado.

UEFA.com: Entre tantas vitórias que alcançou, qual foi a mais importante?

Kike: Passaram 15 anos e são tantos os momentos para recordar. Recorda-se sempre as vitórias, a primeira internacionalização, a primeira vez que se enverga a camisola e se ouve o hino; e depois o último jogo, o dia em que se enverga a braçadeira pela última vez. Mas se tivesse de escolher um momento dos últimos 15 anos ao serviço da Espanha, penso que todos os envolvidos escolheriam a final do Mundial [2000], na Guatemala. Foi verdadeiramente um dia histórico – a primeira vez que a Espanha venceu o Brasil num jogo oficial, a primeira vez que houve um campeão mundial sem ser o Brasil. Era o resultado pelo qual esperávamos há muito. Não joguei, mas tive a oportunidade de ver ao vivo, e ninguém vai esquecer esse dia, 3 de Dezembro de 2000.

UEFA.com: Qual o seu favorito para Antuérpia 2014?

Kike: Agora que estou retirado, vou poder viver o evento de fora, mas julgo que o padrão de qualidade é cada vez maior, as equipas são muito equilibradas, os jogos mais renhidos, e isso torna difícil escolher um favorito. Existem muitas equipas a jogarem ao mais alto nível – deu para ver isso no último Mundial e EURO, este na Croácia. Itália, Portugal, Azerbaijão, o país anfitrião, Rússia – que estão a um nível fantástico – mas a ter que escolher uma equipa, a minha escolha recai sobre a Espanha.