Braz quer carimbar passaporte de Portugal para Antuérpia

Tendo em atenção que atingiram a final da edição 2010 do UEFA Futsal EURO, foi um pouco decepcionante para Portugal ser eliminado nos quartos-de-final da edição 2012, o mesmo acontecendo no Campeonato do Mundo do ano passado.

O treinador Jorge Braz volta a liderar a sua equipa no Grupo 5 da fase de qualificação do UEFA Futsal EURO 2014, que vai decorrer na Sérvia entre quarta-feira e sábado, onde vão medir forças com os anfitriões, a Polónia e a Grécia. O técnico disse ao UEFA.com que querem ganhar o grupo, qualificando-se automaticamente e evitando assim a necessidade do "play-off", antes da fase final do próximo ano, em Antuérpia.

UEFA.com: Como está a sua equipa antes do início da fase de qualificação?

Jorge Braz: Terminou o Mundial e começou um novo ciclo, mas trata-se de reformular e reajustar algumas coisas. Já tivemos dois estágios que foram muito interessantes – correram bem – por isso agora temos de nos preparar arduamente, apesar de termos apenas um curto período. Precisamos de nos preparar para os três jogos porque queremos estar na Bélgica em 2014.

UEFA.com: O que pensa dos adversários no grupo?

Braz: Tive a oportunidade de ver a Grécia na fase preliminar. Vão ser três jogos diferentes, todos eles difíceis. A Grécia desenvolveu-se bastante, é organizada e sabe o que fazer. Defrontámos a Polónia em Janeiro, num amigável. Penso que deram um passo em frente no que diz respeito à organização de jogo.

A Sérvia é uma equipa com bastante talento individual, forte fisicamente e, acima de tudo, habituada a estar presente em fases finais. Já estiveram no Europeu e no Mundial, por isso é uma equipa que certamente vai querer estar novamente no torneio. Mas nós vamos fazer tudo para impedir isso, porque também queremos lá estar – e garantir este mês o passaporte para a Bélgica.

UEFA.com: Foram eliminados nos quartos-de-final em 2012. O que precisam de melhorar para o próximo ano?

Braz: Aprender a competir e compreender que há certas coisas que devem ser feitas em contexto competitivo. Precisamos de aprender a competir, porque não nos falta qualidade, nem capacidades organizativas e muito menos talento – mas às vezes é diferente chegar a um certo momento e perceber que são nesses 40 minutos que temos de mostrar qualidade. Às vezes nem é preciso ter qualidade, basta apenas competir, por isso queremos ultrapassar esta fase. Precisamos de dar esse passo em frente.

UEFA.com: Quanto é que a equipa evoluiu desde que assumiu o seu comando, em 2010?

Braz: Melhorámos muito em certos casos. Apesar de termos voltado a falhar no Mundial, sinto que estamos prontos para tentar dar esse próximo passo.

UEFA.com: O que significaria para o país, para Portugal, ganhar um grande torneio de selecções?

Braz: Todos os grandes títulos e sucessos em torneios vão aumentar o nosso perfil e resultar em maior participação na modalidade. Isso é óbvio e normal em qualquer desporto.