Título não foge à "La Roja"
sábado, 30 de janeiro de 2010
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Portugal 2-4 Espanha
Os espanhóis sagraram-se campeões da Europa pela terceira vez consecutiva, mas a equipa portuguesa vendeu bem cara a derrota.
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A Espanha sagrou-se campeã da Europa pela terceira vez consecutiva (e cinco no total), depois de derrotar este sábado Portugal, por 4-2, na final que decorreu na Fönix Arena, em Debrecen. Apesar do desaire, a selecção portuguesa alcançou a sua melhor classificação de sempre na competição, depois do quarto lugar registado em 2007, no Porto.
Erro adianta Espanha
A selecção portuguesa, que havia sido goleada (6-1) por este mesmo adversário na fase de grupos, apanhou um valente susto logo aos 53 segundos, altura em que Pedro Costa desviou a bola para o seu próprio poste uma reposição lateral por parte da Espanha. Apesar desse percalço inicial, Portugal assentou o seu jogo e revelou-se sempre muito concentrado quando os espanhóis tinham a posse de bola, mesmo nos lances de bola parada, onde o conjunto de José Venancio López costuma revelar-se letal. A saída para o ataque não estava, contudo, a correr de feição à equipa portuguesa e, como que a provar isso mesmo, uma perda de bola de Pedro Costa quando tentava iniciar o contra-ataque permitiu a Ortiz fazer o 1-0 com um forte disparo de pé esquerdo, decorria o minuto nove.
Golo de génio
A toada de jogo não se alterou muito com o tento espanhol, com Portugal a não conseguir sair a jogar do seu meio-campo e a proporcionar que o adversário fosse criando lances de perigo. O capitão Javi Rodríguez, a efectuar o seu derradeiro encontro com a camisola da Espanha, estava disposto a despedir-se de forma perfeita e foi isso mesmo que conseguiu atingir aos 13 minutos. Recebendo a bola de costas para a baliza portuguesa e com Israel na marcação, o jogador do FC Barcelona não hesitou e fez o 2-0 com um brilhante remate de calcanhar que apanhou Bebé totalmente desprevenido. A Espanha parecia bem encaminhada para somar o seu quinto troféu em sete edições da prova.
Subida de rendimento
Orlando Duarte parece ter aproveitado o intervalo para exorcizar o medo de errar que estava, aparentemente, a toldar os jogadores portugueses, sendo que a entrada de Joel Queirós não terá, igualmente, sido estranha a essa "revolução". A Espanha, essa, não mostrava qualquer indício de fraqueza, com a enorme experiência e talento dos seus jogadores a pouparem o guarda-redes Luis Amado de possíveis sobressaltos. Alvaro esteve prestes a fazer o 3-0 aos 29 minutos, mas o seu fortíssimo remate levou a que a bola fizesse tremer a baliza à guarda de Bebé. O poste abanou, mas a equipa portuguesa não, com a entrega total a permitir manter o jogo em aberto, perante a perspectiva de um golo poder deixar tudo em aberto.
Final dramático
Portugal poderia ter dado esse derradeiro e motivador passo aos 32 minutos, mas o brilhante "chapéu" de Leitão acertou no poste e, na recarga, Pedro Costa permitiu a defesa de Luis Amado, que já estava por terra. A Espanha sentiu o perigo e o seu treinador pediu de imediato um desconto de tempo, procurando prevenir uma possível reviravolta nos acontecimentos. Lin não perdoou um mau passe de Cardinal e assinou o 3-0 aos 36 minutos, mas Portugal revelou um coração enorme e Gonçalo Alves reduziu com um fantástico remate ao ângulo aos 38 minutos, um antes de Joel Queirós facturar e oferecer um fantástico final de partida aos adeptos que esgotaram a Fönix Arena. Portugal deu tudo, mas a Espanha "matou" o sonho alheio a 22 segundos do derradeiro apito, com Daniel a encerrar uma brilhante carreira na selecção espanhola com a obtenção do 4-2.