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Cary no país das maravilhas

A primeira participação num Europeu tem sido uma experiência "louca" para Pedro Cary. O ala português sabe das dificuldades que a Espanha encerra, mas o importante é desfrutar da final.

Pedro Cary está a cumprir um sonho
Pedro Cary está a cumprir um sonho ©Sportsfile

A primeira participação num Campeonato da Europa de Futsal tem sido uma experiência "louca" para Pedro Cary. O ala português está ciente das dificuldades que a campeã Espanha encerra, mas o mais importante é desfrutar da final, agendada para este sábado, em Debrecen.

Mudança de ambições
Depois de um arranque tremido, onde só garantiu o apuramento para os quartos-de-final mercê de uma melhor diferença de golos, Portugal "explodiu" rumo à sua primeira final de sempre num Europeu, com o Azerbaijão a ser eliminado nas meias-finais após o desempate por grandes penalidades. Pedro Cary, cujo baptisno de fogo na alta roda do futsal tinha acontecido no Campeonato do Mundo de 2008, confessou ao uefa.com que as expectativas de Portugal na prova que decorre na Hungria mudaram ligeiramente com o decorrer dos jogos. "Talvez no início do torneio não esperássemos estar na final, mas logo que vimos o nosso adversário nos quartos-de-final, e depois nas meias-finais, sabíamos que era possível. A verdade é que aqui estamos, mas cientes das enormes dificuldades que vamos encontrar no sábado. A Espanha tem uma excelente equipa e provou isso mesmo contra nós, naquela que foi, provavelmente, a sua melhor exibição na prova", disse o jogador que alinha no Belenenses.

Querer faz a diferença
O sofrimento contra o Azerbaijão podia, segundo Cary, ter sido perfeitamente evitado, mas o ala de 25 anos reconheceu mérito no adversário que fazia a sua estreia em Campeonatos da Europa. "Não fizemos definitivamente um bom jogo contra o Azerbaijão. Tivemos algumas dificuldades no ataque e na defesa , mas o mais importante é que a equipa manteve-se unida. Foi pena termos ido a penalties, até porque acho que eles têm uma boa equipa, mas não suficientemente boa para nos forçarem a um desempate. Mas eles tiveram esse mérito e felizmente que a vitória nos sorriu no final", prosseguiu. "Faltou um pouco de garra contra o Azerbaijão, talvez porque pagámos a factura do jogo contra a Sérvia. No entanto, o querer esteve sempre presente e foi isso que nos permitiu levar a melhor", explicou Cary, que se sagrou vice-campeão nacional em 2009.

Alerta e desejo
Pedro Cary, que soma cinco golos em 26 internacionalizações, não esconde que está a adorar a passagem por solo húngaro. "A nível pessoal esta experiência tem sido simplesmente louca. Aprendo e evoluo muito todos os dias, pelo que apenas tenho que estar agradecido pela oportunidade", referiu o esquerdino. Apesar de toda esta cascata de emoções e do sucesso imediato, Cary não esquece que o acautelamento do futuro tem de começar... hoje. "Temos alguns jovens jogadores com talento, mas é preciso apostar ainda mais na formação". Mas, por agora, a concentração tem de ser, necessariamente, direccionada noutro sentido. "Penso que, independentemente do resultado, o mais importante é desfrutar ao máximo da final".