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Serjão brilha em Budapeste

Foram muitas as estrelas que se evidenciaram nos jogos da fase de grupos disputados em Budapeste, mas nenhum outro captou tanto a atenção do público como Serjão, pivot do Azerbaijão.

Serjão tem estado em destaque na selecção do Azerbaijão
Serjão tem estado em destaque na selecção do Azerbaijão ©Sportsfile

Foram muitas as estrelas a brilhar nos jogos da fase de grupos do Campeonato da Europa de Futsal disputados em Budapeste, mas nenhum outro captou tanto a atenção do público como Serjão.

O gigante Serjão
O internacional do Azerbaijão, nascido no Brasil, marcou dois golos na fase final, um em cada jogo, e tem sido perseguido pelos caçadores de autógrafos depois de cada encontro. Em grande parte por ser um grande jogador, sim, mas também por não ter verdadeiramente a aparência física de um futebolista. Há, claramente, muito de Serjão (um autêntico gigante) para se gostar.

Posição de pivot
"Não há assim muitos pivots no futsal, como o Betão no Brasil, o Cirilo na Rússia e o Fernando na Espanha...Ah, esqueci-me de me referir a mim!", referiu o bem disposto Serjão ao uefa.com. "Todos nos acham preguiçosos e lentos, mas sou capaz de fazer acelerações de 40 metros. Deixem-nos pensar que eu sou grande e lento, por mim tudo bem".

Azerbaijão no coração
Na camisola enverga o nome "Sérgio", pois, ao que parece, em Baku não se consegue arranjar, por muito que se tente, um "ã". Serjão está a adorar esta passagem pela Hungria: "Estou com a melhor das disposições", salientou. "É o meu primeiro Campeonato da Europa. Nasci no Brasil, mas tenho o Azerbaijão no coração. E dou tudo por esta causa!".

Conjunto peculiar
O Azerbaijão, que vai defrontar a Ucrânia nos quartos-de-final, apresenta um lote de jogadores, de certa forma, peculiar: tem nos seus quadros o mais velho dos jogadores em competição, o guarda-redes Andrey Tveryankin, de 42 anos, os brasileiros de cabelos compridos Thiago e Biro Jade, alguns russos e vários azeris, para além do excelente Rizvan Farzaliyev. Nada comum, mas eficaz.

Ameaça aos favoritos
"Em confrontos com as grandes equipas, já conseguimos empatar (3-3) ante Portugal", lembra Serjão. "Agora vai ser a sério, eles são favoritos, mas depende sempre de quem estiver melhor em campo num dado jogo. Itália, Espanha e Rússia são as grandes favoritas, mas o Azerbaijão, que parece passar despercebido, continua a crescer".

Entendimento em russo
A grande variedade cultural da equipa tem, contudo, os seus críticos. Os jornalistas do Azerbaijão revoltaram-se quando (erradamente) pensaram que o seleccionador checo Tomáš Neumann se havia referido à selecção azeri como "Brazerbaijão" durante uma conferência de imprensa, mas isso não é um problema para Serjão e para os seus colegas, que falam entre si em russo, uma vez que grande parte deles actuou ou actua numa equipa de futsal da Rússia.

Missão de fazer golos
Serjão, entretanto, mostra-se empenhado em fazer mais golos para ajudar a sua selecção a atingir as meias-finais e - murmurou ele - até à final. "Jogo a pivot, por isso a minha missão é fazer golos, mas isso não é o principal", destacou. "O mais importante é vencermos. Que não seja o Serjão a marcar ou a fazer as assistências; que seja outro qualquer a marcar, desde que a vitória nos sorria!"